Transnordestina avança com escavações que enchem 12 Castelões

Empresa responsável pela obra, a Marquise Infraestrutura, do Grupo Marquise, já concluiu os trechos 1,2 e 3 e agora executa os trechos 4, 5 e 6, na direção de Quixeramobim e Quixadá

Está absolutamente em dia o cronograma de obras de construção da Ferrovia Transnordestina na geografia do Ceará, cujos trechos 1, 2 e 3 já foram concluídos, estando em execução os trechos 4, 5 e 6. Neste momento, a infraestrutura dessa que será a maior e mais moderna estrada de ferro da região Nordeste avança em alta velocidade na direção de Quixeramobim e Quixadá.

Até julho de 2026, as obras alcançarão Itapiúna, como informou o engenheiro Renan Carvalho, diretor de operações da Marquise Infraestrutura, empresa do Grupo Marquise responsável pela obra.

Renan Carvalho concedeu nesta quarta-feira, 27, entrevista à imprensa, durante a qual despejou números impressionantes da obra. Por exemplo: o volume de escavação nos seis lotes da obra é de 20 milhões de metros cúbicos, suficientes para encher 12 arenas do tamanho do Castelão.

A quantidade de aço já utilizado no projeto é de 7.500 toneladas, a mesma que foi utilizada na construção da Torre Eifel.

O diretor da Marquise Infraestrutura informou que foi concluída a ponte sobre o rio Jaguaribe, que tem 800 metros de comprimento. A extensão de todas as pontes já construídas ou em construção nos primeiros seis trechos do empreendimento é de 4.500 metros, o que corresponde a 50% da altura do Monte Evereste, no Himalaia.

“Metade da obra da Transnordestina entre Salgueiro (PE) e Pecém está concluída ou em construção. Estamos trabalhando em tempo integral, sendo que em algumas áreas esse trabalho ocupa os três turnos. Temos duas mil pessoas no serviço, incluindo engenheiros e técnicos. Os explosivos encartuchados já utilizados e a serem utilizados na obra pesam, aproximadamente, 4 milhões de quilos, e a energia liberada por eles é semelhante à propulsão de 225 foguetes Starship da Space X”, segundo revelou Renan Carvalho.

Semanalmente, registram-se em média 8 detonações nos lotes ativos, sendo que cada detonação movimenta 20 mil toneladas de rocha.

Desde o início do projeto, já foram perfurados, ao longo dos trechos, 30 poços profundos com vasão média de 10 mil litros por hora. Esse volume de água atende às demandas da obra.

As caçambas utilizadas na obra fazem, diariamente, 1.700 viagens. Cada uma delas tem capacidade para transportar 16 metros cúbicos de material, principalmente pedras das detonações, o que significa dizer que elas movimentam 30 mil metros cúbicos por dia.

Nos lotes em execução, a Marquise Infraestrutura instalou e opera três usinas de concreto que produzem em média 220 metros cúbicos de concreto por dia.

O volume de concreto utilizado nas obras da Transnordestina é de 67 mil metros cúbicos, o equivalente ao concreto usado na construção de um edifício de 1.340 andares.

Renan Carvalho também disse que a Transnordestina Logística abriu uma concorrência para a escolha da empresa que executará as obras dos trechos 7 (de Quixadá a Itapiúna) e 11 (da BR-222 até o Porto do Pecém) e adiantou que a Marquise Infraestrutura está otimista diante da possibilidade de continuar executando a obra.

A Marquise Infraestrutura está utilizando na construção da Ferrovia Transnordestina 200 equipamentos de linha amarela (tratores e escavadeiras, por exemplo), 270 veículos de linha branca, 16 caminhões-betoneiras, 160 veículos de apoio. Toda essa frota consome, semanalmente, o equivalente a 90 mil litros de combustíveis (gasolina e óleo diesel, principalmente).