A fonte solar acaba de atingir a marca histórica de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil e mais de 1,5 milhão de empregos verdes acumulados desde 2012, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com a entidade, nesse período, o setor trouxe ao Brasil mais de R$ 229,7 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 71 bilhões de arrecadação aos cofres públicos.
O balanço considera o acumulado entre a geração própria solar via pequenos e médios sistemas (com 33,5 GW) e as grandes usinas solares (com 16,5 GW) espalhadas pelo País.
Com este novo marco, o Brasil entra para o seleto grupo dos seis países no mundo a ultrapassar 50 GW da fonte solar, juntamente com China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão, que lideram nesta ordem o ranking global de potência instalada fotovoltaica
Com boas políticas públicas e investimentos feitos em sua grande maioria pelos próprios consumidores, o avanço da fonte solar no País representa um caso de sucesso internacional. A fonte solar já evitou a emissão de cerca de 60,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, contribuindo para a transição energética no Brasil.
Atualmente, a fonte solar equivale a 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.
No entanto, na metade de novembro de 2024, o Governo Federal anunciou novo aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos (painéis solares), de 9,6% para 25%. A medida prejudica o avanço da tecnologia no Brasil, pois encarece a energia solar para os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos, dificultando o acesso à fonte solar pela população, justamente em um momento em que o mundo trabalha para combater as mudanças climáticas.
“Por mais que os 50 GW sejam motivo de comemoração, a medida do governo, definida de maneira uniliteral, sem ouvir a sociedade e o mercado, mancha a trajetória de sucesso da energia solar no Brasil e ameaça os investimentos atuais e futuros, com risco de aumento da inflação, perda dos empregos verdes já gerados e insegurança jurídica para as empresas que atuam no País”, alerta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolatr.