Águas do S. Francisco: empresário faz restrição ao bombeamento

"A água do Projeto S. Francisco é para o consumo humano, e só deve ser bombeada em casos de emergência", diz, sob anonimato, a fonte empresarial. E mais: 1) Empreendedor criativo avança no Ceará; 2) Protocolos criarão empregos no Ceará.

Atenção! “Por que o governo, que somos todos nós, tem de bombear água do Projeto São Francisco para que o setor produtivo ganhe dinheiro pagando tarifa subsidiada? Esse bombeamento tem um custo altíssimo que as empresas da agropecuária não têm condição de pagar. A água do S. Francisco é para o consumo humano e só deve ser bombeada em casos de emergência. Temos de usar a água da chuva, que está caindo e recarregando os açudes do Nordeste e os do Ceará, também”.

Esta é a opinião de um dos grandes empresários cearenses da agropecuária, o qual, pedindo o anonimato e rebatendo o que esta coluna publicou na manhã de ontem, quinta-feira, 13, acrescentou:

“No Ceará, só a Cogerh (Companhia de Gestão de Recursos Hídricos) tem condição de pagar pela água do Projeto São Francisco – que, no Canal Norte, tem três estações elevatórias, cada qual com duas das quatro motobombas previstas já instaladas. Toda essa estrutura, que se repete também no Canal Leste, custou dinheiro público, isto é, de toda a sociedade, que, repito, somos todos nós”.

Com base em opiniões de empresários cearenses do agronegócio, esta coluna informou ontem que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) mantém suspenso, desde setembro do ano passado, o bombeamento das águas do São Francisco para o ramal cearense do Canal Norte. A água bombeada – um voluma de 20 m³/s – está sendo toda desviada para os estados da Paraíba e do Rio Grande.

O empresário, que pensa diferente da maioria dos seus pares, explica:

“Está chovendo no interior do Ceará, principalmente no Cariri, onde estão as nascentes do rio Salgado e de seus afluentes, por cujo leito deslizam até chegar ao rio Jaguaribe, de onde tomam a direção do açude Castanhão, que vem sendo recarregado sem a necessidade do bombeamento do Projeto São Francisco. Temos a previsão de que, neste ano, o Castanhão será bem recarregado pelas águas das chuvas. E essas águas, repito, são para o consumo humano, em primeiríssimo lugar. Por que, então, gastar dinheiro público para bombear a água? O dinheiro do povo é para ser aplicado em estradas, saúde, educação.”

Ele faz uma breve pausa e retoma seu discurso:

“Os canais do Projeto São Francisco devem permanecer cheios para evitar problemas estruturais, como fissuras e vazamentos, e só devem ser usados em casos de emergência. O transporte da água pelos canais Norte e Leste, além de custar muito dinheiro por causa do alto consumo de energia elétrica, provocará perdas por evaporação, da mesma maneira que já acontece no Castanháo, cujo espelho d’água é comprido e largo, causando, também, perda por evaporação.

“Além disso, ainda não foi escolhido o organismo que terá a gestão do Projeto São Francisco, que, além da conta de energia, terá despesas com a manutenção e a vigilância dos seus dois canais. Os governos de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, beneficiários do projeto, ainda debatem com o Ministério do Desenvolvimento Regional sobre a tarifa a ser cobrada pela água do São Francisco. Enquanto isso não se resolve, é o governo da União que banca o custo de operação do projeto, principalmente o da energia elétrica”.

Finalizando, ele repete:

“As águas do Projeto São Francisco só devem ser usadas em situações de emergência. Tão logo superada a crise, as bombas voltam a ser desligadas, livrando o governo, ou seja, o povo, desse alto custo”. 

Bem, de toda a pertinente argumentação da fonte destas informações e comentários, surge a pergunta:

Por que, então, se mantém o bombeamento para a Paraíba e o Rio Grande do Norte? Se essa providência está interditada para o Ceará e os cearenses, justo seria que também o fosse para os dois vizinhos estados. Deve ser lembrado que o titular do MDR, Rogério Marinho, é potiguar e tem todas as chances de candidatar-se ao governo do seu estado.

Em abril, Marinho deixará o MDR, desincompatibilizando-se para fins eleitorais. 

CAMPO OURO VERDE NA REDE PINHEIRO

Desde a última terça-feira, 11, a distribuidora cearense Campo Ouro Verde está fornecendo seus hortifrutis para mais quatro lojas da rede Supermercado Pinheiro.

As lojas estão localizadas nos bairros Pan Americano, Mondubim, Maraponga e Antônio Sales.

Agora, a Campo Ouro Verde atende a todas as lojas da rede Supermercado Pinheiro.
 
EMPREENDEDOR CRIATIVO AVANÇA NO CEARÁ

Quase 300 pessoas foram beneficiadas, em 2021, pelas ações do Programa Empreendedor Criativo. 

Trata-se de iniciativa da Junior Achievement Ceará (Jace), tecnologia social mundial que tem como objetivo proporcionar formação empreendedora, oferecendo experiência prática no planejamento, organização e operação de uma empresa, com preparação para o mercado de trabalho, gestão de carreira e planejamento financeiro para o sucesso pessoal e profissional.
 
O programa conta com a parceria da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Governo do Estado do Ceará.

PROTOCOLOS ABRIRÃO 57 MIL EMPREGOS

O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Ceará, Maia Júnior, prevê que, nos próximos cinco anos, serão criados no Estado cerca de 57 mil novos empregos como consequência dos protocolos de intenção já assinados e que serão ainda celebrados ao longo dos próximo 60 dias. 

De acordo com o secretário Maia Júnior, parte dessas novas oportunidades de trabalho será aberta pelas empresas do futuro Hub do Hidrogênio Verde; outra parte será criada pelas empresas de geração de energias renováveis e outra pelas empresas de vários setores, inclusive o de óleo e gás, no qual o governo cearense está fazendo uma aposta firme. 

Nos próximos dias, de acordo com o secretário Maia Júnior, o governador Camilo Santana celebrará novos protocolos de intenção com novas empresas multinacionais. 

CHINA X ESTADOS UNIDOS

A informação a seguir saiu hoje cedinho da manhã! O comércio dos Estados Unidos com a China cresceu 28,7% e alcançou a montanha de US$ 755,6 bilhões – exportações e importações incluídas, informou o governo de Pequim.

Mas os EUA são apenas o terceiro parceiro comercial dos chineses – o primeiro são os asiáticos, o segundo são os países europeus.

A balança comercial dos EUA com a China é deficitária em US$ 396,5 bilhões, em 2021 (US$ 39 bilhões só em dezembro).
Outra informação da China: pela primeira vez, suas importações e suas exportações bateram, no ano passado, a casa dos US$ 6 trilhões.