Adeus, ano velho! Que o Ano Novo restaure a moralidade
2026, um ano eleitoral, chegará amanhã trazendo a esperança de que os brasileiros saberemos eleger mais novos, honestos e competentes líderes políticos
Ou nos locupletemos todos, ou restaure-se a moralidade! Esta frase é de Stanislaw Ponte Preto, pseudônimo do saudoso jornalista Sérgio Porto, que nas décadas de 60 e 70 do século passado satirizou a corrupção, uma doença que até hoje se mantém incorporada ao cotidiano do Brasil e dos brasileiros, desafiando a vontade da maioria da população que a deseja exterminar. Todas as tentativas neste sentido, porém, fracassaram.
Mas 2026 chegará amanhã, trazendo consigo outra vez a esperança de que, por meio de mais uma eleição geral, o eleitor saberá escolher mais novos, honestos e competentes deputados estaduais, federais, senadores, governadores e, ainda, o presidente da República. O atual Chefe de Estado e de Governo, Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ser reeleito e ganhar seu quarto mandato, algo inédito na história deste país rico de tudo, mas pobre de líderes.
Assim, devemos dizer muito obrigado a 2025, pois 2026 e 2027 prometem, pelo andar da carruagem, muitas e mais fortes emoções na área das políticas monetária e, principalmente, fiscal. O CEO de uma empresa do mercado financeiro, falando na tevê, admitiu que, em 2027, a situação financeira do país chegará a um ponto que “um default será uma possibilidade”. A melhor tradução de default é calote.
Mudemos de assunto. Este ano foi, no Ceará, excelente para o setor da agropecuária, que cresceu, no último trimestre, mais do que os demais setores da economia estadual. Esse crescimento, diz Amílcar Silveira, presidente reeleito da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), foi produto do investimento privado nas áreas da tecnologia e da inovação. Silveira mantém o otimismo para 2026, do longo do qual a Faec, o Sebrae, a Fiec e o Governo do Estado, unidos, deverão apoiar um esforço particular – de agricultores do Espírito Santo – de tornar o Ceará um grande produtor de café.
Deve ser lembrado que esses mesmos quatro parceiros estão juntos noutro projeto, o que prevê a produção de algodão em escala em zonas já escolhidas da geografia cearense, como as chapadas do Apodi, no Leste, e Araripe, no Sul do estado. Há, contudo, um problema que, por enquanto, torna difícil a implementação desse projeto: a falta de energia elétrica com tensão firme e estável que possa garantir a operação de pivôs centrais e outros equipamentos e máquinas necessários à mecanização dessa lavoura algodoeira.
Produtores de outros estados, incluindo Mato Grosso, já chegaram e se instalaram na Chapada do Araripe, onde plantam soja e desenvolvem outras culturas, preparando o solo para a chegada do algodão.
Em março de 2026, Fortaleza sediará 1ª Feira da Indústria Fiec, que ocupará todos os espaços dos pavilhões Leste e Oeste do Centro de Eventos para mostrar aos cearenses o que seu setor industrial produz e vende nos mercados interno e externo. Não é pouca coisa.
Três meses depois, em junho, no mesmo local, a Faec realizará mais uma Pecnordeste, que, como a deste ano, ocupará todo o Centro de Eventos para expor tudo o que a agricultura e a pecuária cearenses produzem. E, também, não é pouca coisa.
O cenário do agro cearense para 2026 está pintado com as cores da esperança. Todavia, para que tudo se pinte de verde, será necessária uma boa estação de chuvas, e o que a ciência do tempo está a revelar é a possibilidade, pequena ainda, de um El Niño, fenômeno da natureza que causa estiagens no Nordeste e chuvas no Sul e Sudeste. O quadro agrava-se hoje diante do armazenamento raquítico de água pelos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú, cujo volume gira em torno dos 22%. Agricultores e pecuaristas oram a Deus, pedindo por boas chuvas.
Sugestão: prosseguir com as orações, pois só a fé em Deus será capaz de desautorizar a ciência.
TROCA DE CEO NO FORTALEZA TEM REPERCUSSÃO NACIONAL
Rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol, o Fortaleza Esporte Clube, também denominado tricolor do Pici, acaba de substituir seu CEO – e o fato ganhou destaque em todas as mídias esportivas. Saiu Marcelo Paz, cuja esposa é vice-governadora do Ceará, com fortes vínculos políticos com o PT, e entrou Pedro Martins, também administrador de empresa como o seu antecessor.
Há, porém, um detalhe que põe uma pitada de política nesse evento esportivo: Pedro Martins é filho de Edinho Silva, presidente nacional do PT, cujo grande líder é o presidente Lula, torcedor fanático do Corinthians, para onde foi, como diretor de futebol e a peso de ouro, Marcelo Paz.
Nos meios esportivos comenta-se que tudo foi uma mera coincidência. Nas rodas da política, a história é outra.
BNB FINANCIA FAMÍLIAS DA ZONA RURAL DO NORDESTE
Mais de 76 mil famílias instaladas na área rural no Nordeste e no Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo já foram beneficiadas com financiamento para construção ou reforma de banheiros. Os recursos foram liberados, entre julho e dezembro, pelo Banco do Nordeste (BNB) e somaram R$ 228 milhões.
As operações passaram, este ano, a integrar o Plano Safra 2025/2026. A recente linha de crédito lançada pelo Governo Federal é voltada a pequenas propriedades rurais que não possuem instalações sanitárias adequadas. O financiamento é concedido no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por meio do Agroamigo do Banco do Nordeste, para agricultores que tenham renda bruta anual de até R$ 50 mil.
Segundo dados do Censo Demográfico de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 367 mil domicílios brasileiros não possuíam banheiro. Nesses domicílios residiam 1,2 milhão de pessoas, representando 0,6% da população.
"O desenvolvimento da nossa área de atuação passa, necessariamente, pela qualidade de vida das pessoas. Ao financiarmos construção e reforma de banheiros estamos proporcionando inclusão social e dignidade no campo, em sintonia com as diretrizes do Governo Federal", como diz o presidente do BNB, Wanger de Alencar.
Somente no Ceará, houve a contratação de R$ 32 milhões que beneficiaram 10.657 famílias com instalações sanitárias.
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