Acordo nos EUA sobe bolsas no mundo. PIB do Brasil na 5ª feira

Democrata Joe Biden e republicano Kevin McCarthy evitam um inédito calote norte-americano. As bolsas e o petróleo sobem. Erdogan ganha mais 5 anos na Turquia. Socialistas perdem na Espanha.

Legenda: Acordo sobre a dívida dos EUA anima os mercados nesta segunda-feira, 29. E o preço do petróleo sobe em Londres
Foto: Agência Brasil

Esta semana começou ontem com a boa notícia de que o governo e a oposição, nos Estados Unidos, chegaram a um acordo para a elevação do teto da dívida norte-americana, que é de US$ 31,5 trilhões. 

O presidente democrata Joe Biden e o líder dos republicanos na Câmatra dos Representantes, Kevin McCarthy, acertaram que as despesas do governo permanecerão estáveis, ou seja, as mesmas de até agora, com exceção dos gastos com o setor de defesa.

O acordo terá de ser aprovado pelo Congresso.

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A secretária do Tesouro, Janet Yellen, que havia estendido até o dia 5 de junho o prazo para uma decisão, ficou feliz com o resultado dos entendimentos, pois será evitada uma situação inédita e humilhante para os Estados Unidos, que dariam o calote de sua dívida, o que tornaria caótico o mercado financeiro do mundo.

O acordo valerá até janeiro de 2025, ou seja, até depois da eleição presidencial.

Hoje é feriado nacional nos Estados Unidos e, por isto, as bolsas de valores de lá não operarão.

Mas as bolsas asiáticas fecharam esta segunda-feira em alta, já refletindo o acordo sobre a dívida dos Estados Unidos. 

Na Europa, as bolsas também estão abrindo no azul, igualmente como reflexo do acordo relativo à dívida norte-americana.

E pelo mesmo motivo o preço internacional do petróleo do tipo Brent, importado pela Petrobras, está em alta hoje na Bolsa de Londres, negociado a US$ 77,33 por barril, um avanço de 0,49% em relação ao preço da última sexta-feira.

Aqui no Brasil, as atenções voltam-se para a divulgação, pelo IBGE, do Produto Interno Bruto, o PIB do país no primeiro trimestre de 2023. A divulgação será na quinta-feira, dia primeiro de junho. O mercado espera um PIB de 1,3% para o período de janeiro a março. 

Os economistas do Bradesco preveem um aumento de 1,5% do PIB no primeiro trimestre em comparação com o quarto trimestre do ano passado. De acordo, ainda, com os mesmos economistas, o setor da agropecuária puxará, novamente, essa alta, seguido pelo setor de serviços.

Na sexta-feira, dia 2/6, será divulgada pelo IBGE a produção da indústria relativa ao recente mês de abril. O mercado espera um recuo de 1,1%. 

Na quarta-feira, 31, será divulgado o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados, prevendo os economistas do Banco Itaú que devem ter sido criados, em abril, 112 mil novos empregos com carteira assinada, o que levará a uma queda na taxa de desemprego de 8,8% para 8,7%.

Na quinta-feira, será divulgado o resultado da balança comercial deste mês de maio. Segundo a previsão do mercado, deverá ser anunciado um superávit de US$ 9,3 bilhões, com destaque, mais uma vez, para as exportações do agro brasileiro.

Nesta semana, mais precisamente na quarta-feira, 31 terminará o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda relativa ao ano-base de 2022. Nesse mesmo dia, o contribuinte com imposto a pagar deverá recolher a primeira das oito parcelas estabelecidas pela Receita Federal. 

Esperam as autoridades da Receita que 38,5 milhões de brasileiros apresentem, neste ano, sua declaração de rendimentos. Quem não o fizer – mesmo os que não têm imposto a pagar – será multado em R$ 165,74. 

Na Turquia, o presidente Erdogan, que está há 20 anos no poder, ganhou ontem mais um mandato de cinco anos. Ele venceu o segundo turno da eleição com 52,14% dos votos.

A Turquia tem uma inflação superior a 50% ao ano, mas tem juros muito baixos determinados por Erdogan ao Banco Central como um incentivo à sua reeleição.

Agora, diante desafios da economia em crise, ele terá de elevar a taxa de juros. A Turquia é uma aliada discreta da Rússia, mas faz parte da OTAN.

Na Espanha, o Partido Socialista, que está no poder, perdeu as eleições municipais de ontem para o Partido Popular, que conquistou seis das 10 cidades que eram governadas pelo PSOE, incluindo Sevilha e Valência.