Um artigo publicado recentemente na conceituada revista Nature mostrou que o núcleo externo da Terra está diminuindo de velocidade. O estudo mostrou que o núcleo externo do planeta é essencialmente líquido. Esse líquido é fonte da lava expelida por vulcões, um material incandescente e, portanto, eletricamente carregado. Antes de continuar, preciso explicar uma descoberta de um cientista britânico chamado Michael Faraday (1791-1828) ainda no Século XIX sobre o magnetismo.
Ele colocou várias bússolas ao redor de um fio. E quando passava uma corrente elétrica por ele, as bússolas se ordenavam em um formato circular. Faraday descobriu então que as cargas elétricas em movimento geram um campo magnético. Essa descoberta possibilitou a construção do eletroímã. Você já deve ter percebido onde quero chegar.
Com o experimento de Faraday, podemos interpretar de onde vem o campo magnético da Terra. São as cargas elétricas presentes no fluido do núcleo exterior em movimento que geram o campo magnético do planeta. Outro cientista, dessa vez holandês, Hendrik Lorentz (1853-1929), descobriu ainda que quanto mais rápidas as cargas se movem, mais intenso é o campo magnético gerado.
Recentemente, temos observado uma anomalia no campo magnético terrestre aqui no Brasil, nas regiões Sul e Centro-Oeste. Anomalia é um termo científico usado quando uma medida está abaixo ou acima da média. Nesse caso, a anomalia magnética está abaixo, ou seja, o campo magnético terrestre está enfraquecendo, o que está relacionado a uma diminuição da circulação do fluido magmático no núcleo externo.
Isso pode ser uma indicação da inversão dos polos magnéticos. Para os polos se inverterem, a rotação do núcleo externo teria que mudar de sentido. E isto está prestes a acontecer segundo um artigo publicado este ano.
O que causa inversão dos polos magnéticos?
Não sabemos exatamente o que causa a inversão dos polos magnéticos. A explicação em que mais acredito é que existe um pedaço de outro planeta chamado Theia dentro do nosso. Isso pode ter gerado um desbalanceamento de massa, semelhante uma chave em T que gira na estação espacial internacional, como mostra o vídeo.
Mas quais são as implicações para nossa vida? Bom, o campo magnético global nos protege dos raios cósmicos, que são, em sua maioria, núcleos de hidrogênio ionizado proveniente do Sol em sua maioria. Nesse caso, com uma proteção fraca, todos os nossos circuitos estariam desprotegidos, o que queimaria uma grande quantidade de eletrônicos em uma cidade atingida.
A questão é mais preocupante é porque somos muito dependentes de eletrônicos atualmente. E a região mais vulnerável no mundo, hoje, é o Centro-Oeste do Brasil. Eu não vou avisar para os governantes porque duvido muito que tomem alguma medida preventiva. Mas vou recomendar para você, investidor: não digitalize 100% do seu negócio. Eu fiz dourado em Engenharia Elétrica e estou familiarizado com este tipo de empoderamento.
Deixe uma parte do seu negócio em alguma forma analógica. Porque se os polos se inverterem agora, com uma tempestade solar dessas, os eletrônicos vão parar. Se você tiver uma parte analógica, ela pode salvar todo o resto do negócio enquanto você repõe os eletrônicos. Uma dica também é contratar um seguro para queima de eletrônicos. Fica uma dica muito importante. Isso não significa que vai ocorrer, significa que os riscos aumentarão, portanto, medidas devem ser tomadas para reduzir os riscos. Quanto à internet global, pode ficar tranquilo, ela seguirá funcionando, só onde realmente a incidência for intensa ficará comprometida.