‘Como vender a Lua’: filme sobre o espaço no recesso de fim de ano
A obra tem um bom contexto histórico, mostrando algumas dificuldades reais passadas pelo programa espacial norte americano
No último domingo, finalmente dediquei um pouco de tempo para assistir ao filme “Como Vender a Lua”. A priori, tive um pouco de receio, pois ultimamente duas obras cinematográficas relacionadas ao espaço não me agradaram: “Moon Fall” e "Não assista a esse filme", opa, quis dizer: “Não olhe para cima”.
Mas a obra “Como Vender a Lua” tem um bom contexto histórico, mostrando algumas dificuldades reais passadas pelo programa espacial norte americano. Além disso, é muito interessante ver os bastidores da NASA durante as missões Apolo.
Diferentemente de "Não olhe para cima", que tem uma comédia besteirol, "Como vender a Lua" tem uma comédia inteligente, a melhor de todas.
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As cenas transmitem muita emoção, de tristeza a alegria. A paleta de cores e a fotografia são impecáveis. O enquadramento de câmeras no estilo retrô nos leva de volta aos anos 60, porém a cores e em alta definição.
A personagem fictícia Kelly Jones, vivida por Scarlett Johansson, a “Viúva Negra”, entrega uma personagem criativa e com muita atitude, porém sem exagero, dentro do limite da obra.
O próprio filme solo da “Viúva Negra” não entrega o que se espera da personagem. Já um filme que recomendo positivamente da mesma atriz é “Lucy”, um filme inteligente e empolgante. "Como Vender a Lua" também está entrando na minha lista de recomendações. O filme é bom o tempo todo.
Kelly é a diretora de publicidade recém contratada pela NASA para melhorar sua relação com o contribuinte americano, digamos assim.
Com este intuito, ela atrai várias marcas para aparecerem durante as missões como o primeiro relógio usado na Lua. E também os carros Corvette, que ficaram estereotipados como carros dos astronautas.
Além disso, o filme brinca com as teorias da conspiração de que o homem não teria ido à Lua. Contudo, fica claro na obra não concordar com este ponto vista. Apesar de não gostarem do resultado, historicamente, os soviéticos reconheceram que os americanos estiveram lá. Isso poderia ter sido destacado no filme.
Na obra, antes de Kelly, as missões ao espaço não eram transmitidas, assim como as cerimônias reais da Inglaterra.
A aventura de Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins foi a maior transmissão da época em 1969, com 652 milhões de espectadores simultâneos, ultrapassando a audiência do cerimônia de coroação da Rainha Elizabeth (não retratado no filme, é só uma curiosidade bônus).
Neste ano, em 2024, o funeral da maior monarca da história quebrou todos os recordes, sendo transmitido para 4 bilhões de espectadores. Na época da Apollo 11, existiam apenas 3,61 bilhões de pessoas no mundo. A próxima missão tripulada à Lua será em alta definição para mais de 8 bilhões de pessoas.
Esta missão deve ocorrer até o final desta década, ou seja, antes de 2030. Muito provavelmente, em 2029, ao final do prazo. Assim como foi a missão Apolo em 1969, no limite estabelecido pelo presidente John Kennedy.
John não viu o homem chegar à Lua, ele foi assassinado em 1963. Quem falou com os astronautas na Lua a partir da Casa Branca foi o presidente Richard Nixon.
Além dessa missão, o homem esteve na Lua mais cinco vezes, totalizando seis vezes e 12 homens. Até o final desta década, a primeira mulher e o primeiro homem negro devem pisar na Lua.
Enquanto isso, recomendo esta obra divertida e com detalhes reais. Minha nota de 0 a 5 é 4,5. A classificação indicativa é de 12 anos, e o filme está disponível somente no streaming.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.