Seja líder de si mesmo e tenha uma carreira de sucesso
Liderar a própria vida pode parecer discurso de autoajuda, mas não é! Ter autoliderança faz toda a diferença para uma carreira de sucesso e vou explicar o porquê.
No mundo corporativo, a gestão da performance leva em consideração os comportamentos e/ou resultados observáveis. Igualmente isso acontece quando nos avaliamos. O que estudiosos já perceberam é que existe um elemento poderoso que antecede o que mostramos: a autogestão da performance.
A autogestão da performance refere-se a como percebemos nossos pensamentos, emoções e como lidamos com isso. Refletir sobre nossos padrões de pensamento e hábitos pessoais nos permite melhorar nossas respostas comportamentais e tomadas de decisão, o que pode afetar diretamente a carreira.
Se a performance é determinada pelas nossas estruturas mentais, isso significa que é possível melhorar o nosso desempenho, mudando a nossa forma de pensar. Timothy Gallwey, pai do Coaching, instrutor de tênis e autor do livro O Jogo Interior do Tênis, criou um método para que seus atletas obtivessem resultados melhores, estimulando a mente com foco no desempenho.
Ele observou que os tenistas tinham o hábito de falar com eles mesmos na quadra e isso acontecia quando o jogador se cobrava por algum erro cometido na partida. Gritos tais como: “Como eu sou burro”; “Por que não fiz isso?” eram comuns nas quadras e na verdade são muito comuns em nossas mentes.
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Gallwey observou que em cada indivíduo existem dois “SERES”. O primeiro é o “EU” (Self 1), que dá instruções e tem papel regulador, e o segundo é o “COMIGO MESMO” (Self 2), que tem capacidades naturais e executa as ações. Na sequência o Self 1 avalia o que foi executado. Essa relação, caracterizada por crítica, impede o alto desempenho.
O autor descobriu que o segredo estava em aprimorar o relacionamento entre o Self 1, que exerce o papel de instrutor consciente, e as capacidades naturais do Self 2. Ou seja, equilibrar o jogo da quadra exterior contra o jogo na quadra interior que luta contra a falta de concentração, ansiedade, insegurança, medo, nervosismo, crenças limitantes, entre outros componentes que inibem o desempenho.
Para explicar este mecanismo, o autor criou a fórmula:
P = P - I
Performance = Potencial - Interferência
Para aumentar a performance do indivíduo, é importante explorar o potencial ou diminuir a interferência.
Como essas interferências afetam a carreira?
Quem nunca...
...sentiu insegurança de dar uma sugestão, durante uma reunião importante?
...teve medo de errar e por isso deixou de inovar na carreira?
...ficou na defensiva depois de um feedback, porque se sentiu injustiçado?
...sentiu que não faz nada direito?
...acreditou que não tem vocação para o sucesso?
O momento de vida, a idade e as experiências influenciam a nossa visão de mundo e determinam o nível de importância que damos a determinadas coisas e acontecimentos, consequentemente nas interferências que temos. As interferências fazem parte do nosso dia a dia e geralmente prejudicam a alavancagem de carreira. Para diminuí-las, precisamos investir no autoconhecimento. É fácil? Claro que não! É um processo que dura por toda a vida e nem sempre gostamos do que descobrimos sobre quem realmente somos. Porém, é uma jornada maravilhosa porque nos dá autodomínio e a oportunidade de evoluirmos e darmos vazão a todo nosso potencial.
Se autoconhecimento é bom, por onde começar?
- Questione-se com coragem: é importante se questionar com sinceridade e estar aberto às respostas que virão.
- Reflita sobre seus principais talentos e os valide: valorize quem você é e assuma os seus principais talentos.
- Identifique os seus pontos passíveis de melhoramento: reconhecer as fraquezas é o primeiro passo para uma mudança de comportamento consistente.
- Aproprie-se de quem você é: ao assumir nossas fragilidades, aceitamos a nossa humanidade e, com isso, entendemos que, assim como muitas outras pessoas, temos que estar em constante desenvolvimento.
- Ouça as pessoas: a realidade pode ser diferente da nossa autopercepção.
- Pense em todos os desafios que você superou e analise o que você fez. Identifique os seus padrões de comportamento (positivos e negativos).
- Organize tudo isso e tome decisões: aja! Descobertas precisam de plano de ação e execução. Crie metas que envolvam novos conhecimentos, novos hábitos e fortalecimento de algumas habilidades.
"Não deixe o ruído das opiniões dos outros abafar a sua própria voz interior" (Steve Jobs).
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Nesta coluna, trarei para você assuntos relacionados a carreira, liderança, coaching e tendências sobre os assuntos. Contribua deixando sua pergunta ou sugerindo um tema de sua preferência, comentando este post ou enviando mensagem para o meu Instagram: @delaniasantoscoach.
Será maravilhoso ter você comigo nesta jornada. Até a próxima!
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.