Opinião
O papel do líder-gestor no desenvolvimento de talentos
![](/image/contentid/policy:1.3309205:1670356013/selecao_Easy-Resize.com.jpg?f=16x9&h=574&w=1020&$p$f$h$w=e833e63)
Legenda:
Na seleção brasileira, podemos avaliar algumas estratégias do Tite e trazê-las para o ambiente organizacional
Foto:
Lucas Figueiredo/CBF
Um conjunto forte e equilibrado faz toda a diferença. Isso vale para os times da Copa do Mundo de Futebol e para os ambientes corporativos. Muitas vezes depositamos todas as nossas expectativas em uma única ficha e, na ausência dela, perdemos o jogo.
Reflexão: o jogo continua quando temos opções - você desenvolve talentos no seu time ou depende de um único jogador?
Neymar sofreu entorse no tornozelo no primeiro jogo do Brasil, e isso preocupou os brasileiros. Por ser reconhecido como um craque com atuação decisiva, sua saída provocou questionamentos sobre as reais possibilidades para a conquista do Hexa. Conseguiremos o título? Sem Neymar, seria possível?
Veja também
Esse episódio me fez refletir sobre o papel do líder-gestor no desenvolvimento de talentos. A rotina, muitas vezes, é um obstáculo ao cumprimento desse papel, e isso, em curto prazo, pode prejudicar os resultados do time e, consequentemente, da organização.
Já treinei equipes comerciais, por exemplo, nas quais um único vendedor arrasta todo o resultado da área; ou empresas que têm mais de 50% do seu faturamento nas mãos de um único cliente. Seja qual for a ótica, este tipo de exclusividade é nocivo à competitividade do negócio.
No segundo jogo, o Brasil entrou em campo sem Neymar, e apreensivos, os brasileiros, paralisados em frente à TV, aguardavam esperançosos pelo placar vencedor.
Ao visitar as redes sociais, vi alguns posters citando a falta do poder decisivo do craque, outros falando sobre como o Brasil estava jogando bem, apesar dessa ausência. Na partida, vimos um time obstinado a ganhar, engajado e ciente do que precisava fazer em campo. Todos vestindo a camisa de “craque” da seleção.
Para desenvolver talentos, o líder-gestor precisa reconhecer este potencial em seus liderados e dar oportunidades para que eles aflorem. Além disso, deve arriscar em novas possibilidades e estimular as pessoas a testarem novas habilidades.
Na seleção, podemos avaliar algumas estratégias do Tite e trazê-las para o ambiente organizacional:
Além disso...
Reconhecer, recompensar e investir no treino é imprescindível.
Conquistando o Hexa ou não, Tite já nos deixa um legado importante sobre formação e desenvolvimento de times talentosos. A mescla que envolve jogadores jovens e impetuosos, que buscam se firmar no cenário futebolístico, e jogadores experientes, que sabem ditar o melhor ritmo dentro de campo, é a melhor estratégia para alcançar os melhores resultados.
Nesta coluna, trarei para você assuntos relacionados a carreira, liderança, coaching e tendências sobre os assuntos. Contribua deixando sua pergunta ou sugerindo um tema de sua preferência, comentando este post ou enviando mensagem para o meu instagram: @delaniasantoscoach
Será maravilhoso ter você comigo nesta jornada. Até a próxima!
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.