Como as empresas lidarão com o futuro do trabalho e o que devo fazer para estar preparado

Legenda: O maior crescimento absoluto no número de empregos será nos setores de educação, agricultura e comércio digital
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O relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o futuro dos empregos, publicado em maio de 2023, sugere que quase um quarto dos empregos deverá mudar nos próximos cinco anos. As empresas já sinalizam grande preocupação com as lacunas de habilidades e a dificuldade de atrair talentos. Como lidar com essas transformações? 

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A pesquisa investigou como as macrotendências e tendências impactarão os empregos, as habilidades e quais serão as estratégias utilizadas pelas empresas até 2027.

O estudo contou com 803 empresas e os empregadores estimam que 69 milhões de novos empregos serão criados e 83 milhões serão eliminados entre os 673 milhões que correspondem ao conjunto de dados, uma redução líquida de 14 milhões de empregos. 

Investimentos para a transição verde e aplicação de padrões ESG estimularão a criação de empregos. Tecnologia e ampliação do acesso digital são apontadas por 85% das empresas como estratégias para impulsionamento de transformações nos negócios.

O crescimento mais lento da economia, a escassez de oferta e a inflação representam os maiores riscos para os empregos. 

Especialistas em IA e aprendizado de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação são os empregos de crescimento mais rápido. O maior crescimento absoluto no número de empregos será nos setores de educação, agricultura e comércio digital. 

O estudo estima que 44% das habilidades de um profissional precisarão ser atualizadas e que seis em cada dez trabalhadores precisarão de treinamento antes de 2027, embora somente a metade tenha essa condição.

Com esse cenário, oportunizar requalificação com foco nas necessidades futuras dos negócios torna-se um ônus para empresas e governos. 

O que as empresas estão planejando? 

A principal estratégia para 81% das empresas entrevistadas será investir em aprendizagem e treinamento nos próximos cinco anos para atingir suas metas de negócios. 

Dentre as estratégias de reskilling (capacitação com foco no desenvolvimento de novas habilidades) está o desenvolvimento das habilidades:

  • Pensamento analítico (48%);
  • Pensamento criativo (43%); e 
  • Inteligência Artificial e Big Data (42%).  

Essa definição não foi aleatória, visto que as Top 10 habilidades em 2023, elencadas pelo Fórum Econômico Mundial, trazem duas delas nas primeiras posições. 

A lista traz cinco tipos de habilidades importantes para o futuro do trabalho, quais sejam:

  • Habilidades cognitivas: pensamento analítico e pensamento criativo.
  • Habilidades de autodesenvolvimento: resiliência, flexibilidade e agilidade, motivação e autoconsciência, curiosidade e aprendizado contínuo; confiabilidade e atenção a detalhes. 
  • Habilidades de gestão: controle de qualidade.
  • Habilidades tecnológicas: letramento tecnológico.
  • Habilidades para trabalhar com outros: empatia e escuta ativa, liderança e influência social. 

Visto que as habilidades de autodesenvolvimento ganharam destaque especial no relatório, representando 40% das habilidades elencadas, cabe fazermos uma reflexão sobre qual é o papel do profissional, diante desse novo cenário. 

O que devo fazer para estar preparado? 

Entendo ser muito desafiador para um profissional estudar no contraturno da sua jornada de trabalho. Porém, mesmo que as empresas invistam em reskilling, ter autoconsciência de que precisa se requalificar e despender o engajamento necessário é papel do profissional. E o momento é agora. 

A preparação para o futuro do trabalho é essencial para quem deseja uma carreira bem-sucedida, mas, além da aquisição de novas habilidades, o profissional precisa desenvolver uma nova mentalidade para se destacar no cenário emergente. Essa mentalidade está relacionada diretamente com o seu senso de propósito e objetivos de carreira. Sem isso, toda e qualquer iniciativa de requalificação será vista como “mais uma obrigação” que pesará sobre as responsabilidades já existentes. 

Abaixo elenco algumas reflexões que o ajudarão nesse novo momento: 

  1. Revisite o seu propósito e seus objetivos de carreira. Qual o motivo de fazer o que faço e onde quero chegar?
  2. Escolha se reinventar – esteja disposto a se adaptar a mudanças e a abraçar novas tecnologias e modelos de trabalho. 
  3. Não espere a iniciativa da empresa! (A. Peça feedback ao seu líder, aos seus colegas de trabalho, clientes e amigos sobre seus pontos fortes e passíveis de melhoramento; B. Identifique quais novas habilidades serão importantes para o seu futuro de carreira e invista no desenvolvimento delas);
  4. Considere desenvolver essas habilidades em atividades relacionadas a hobbies, trabalhos voluntários, etc. (Mad Skills). 
  5. Cultive o aprendizado contínuo – nunca pare de aprender! Seja curioso por novos conhecimentos e habilidades. Fique atento às tendências emergentes em sua área de atuação. 
  6. Seja resiliente – saiba lidar com os fracassos e os desafios de forma construtiva. Aprenda com eles e realinhe suas atitudes. 

Lembre-se: você pode e deve construir o futuro que deseja. 

Nesta coluna, trarei para você assuntos relacionados a carreira, liderança, coaching e tendências sobre os assuntos. Contribua deixando sua pergunta ou sugerindo um tema de sua preferência, comentando este post ou enviando mensagem para o meu instagram: @delaniasantoscoach

Será maravilhoso ter você comigo nesta jornada. Até a próxima! 

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.

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