Ao chegar no Ceará, Dorival Júnior falou que acreditava ver o time treinado por Tiago Nunes, próximo de uma "virada de chave".
Pelo fato de estar criando e produzindo chances, faltava "apenas" o detalhe de botar a bola para dentro e passar a vencer os compromissos decisivos.
E com duas vitórias, em competições distintas, contra adversários de grande porte, essa virada pode estar realmente ocorrendo.
Confesso que no primeiro jogo, diante do Independiente, a atuação em si não me agradou. Futebol ainda precário, pouca inspiração.
Porém, a capacidade de virar um jogo, frente a o adversário de maior tradição na América do Sul (Heptacampeão da Libertadores), já foi um ponto importante.
E por uma competição de tiro curto, que só passa o primeiro de cada grupo, às vezes é mais interessante vencer do que propriamente jogar bem.
Sem falar que foram apenas 5 treinamentos antes da estreia.
Já na segunda e última partida, diante do Palmeiras, do técnico Abel Ferreira e fortíssimo em seus domínios, pudemos detectar mais o "dedo do treinador".
Dessa vez, os 3 volantes faziam sentido. Era preciso marcar bem, mas também teria que jogar. Só se defender, provavelmente, não daria certo.
O time de Dorival "engoliu" o adversário. Foi superior durante toda a partida. Jogou e não deixou jogar. Estratégia perfeitamente executada.
Mentalmente, o time que após as eliminações precoces no início da temporada, andava com a credibilidade abalada, pode estar muito próximo da tal da "virada de chavinha", e passar a ter cada vez mais confiança.
É muito cedo, é claro. Amostragem pouca, tanto para o bem como para o mal.
Mas, a forma e o impacto dessas duas vitórias nos dois primeiros jogos à frente do Ceará, trazem ao torcedor uma expectativa de maiores pretensões na temporada.