A estreia do Ceará em 2024 foi ruim, fato. No empate em 1 a 1 contra o Maracanã, no último domingo (21), o resultado foi ruim e o desempenho também. Aqui, não há intenção nenhuma de relativizar uma má atuação. Mas a análise com senso crítico deve buscar o equilíbrio e a ponderação dos acontecimentos. E o contexto da estreia não pode ser ignorado.
O Ceará foi mal no jogo e apresentou muitos problemas coletivos e individuais. Apesar de controlar a posse de bola e tentar ditar as ações, teve pouquíssima inspiração ofensiva e praticamente não criou oportunidades claras para marcar. O gol de Aylon, em triangulação com Paulo Victor e Erick Pulga, foi um dos raros lampejos de criatividade do Alvinegro.
Dito isto, é preciso entender que o Ceará começou a partida com 9 jogadores contratados e só 2 remanescentes do elenco de 2023 - os atacantes Erick Pulga e Saulo Mineiro. Foi a 1ª vez que este time atuou junto, e todos claramente longe da condição física ideal. Além disso, foram apenas 19 dias de pré-temporada, em que muitos atletas só se juntaram ao elenco posteriormente. É natural apresentar problemas.
Foram muitas estreias no Ceará. Ao todo, 11 caras novas, somando jogadores titulares (9) e que saíram do banco (2). Aylon e Bruninho, que entraram no decorrer do jogo, foram bem. Dos titulares, Matheus Bahia, Lourenço e Facundo Castro mostraram algo de positivo.
Ainda fora de ritmo, Jorge Recalde não esteve tão participativo, mas foi possível perceber que tem qualidade, enquanto os outros foram mais discretos.
Se tratando de estreia, este contexto não pode ser desconsiderado. Mas agora são apenas quatro jogos pela frente. É preciso evoluir rápido, e os resultados são imprescindíveis para garantir mais tranquilidade para os próximos jogos.