Ceará de Guto precisa ter mais ambição; caso contrário, a decepção contra o Cuiabá se repetirá

Faltou ousadia para o Alvinegro nocautear o Cuiabá e vencer a partida. Caso não haja mudança de atitude em campo, esta decepção se repetirá futuramente

Legenda: Guto Ferreira tem contrato com o Ceará até o fim de 2021
Foto: Thiago Gadelha / SVM

O empate em 2 a 2 contra o Cuiabá foi péssimo para o Ceará por todas as circunstâncias da partida. Não há nenhum aspecto positivo por este resultado. Foi uma grande frustração. Isso é até óbvio, mas o que precisa ser deixado claro é que, para que decepções como esta não se repitam, o time do Ceará precisa aprender a ter mais ambição.

Falo de time, mais especificamente jogadores e comissão técnica, que obviamente inclui em grande parcela o treinador, Guto Ferreira.

Em vários outros jogos já ocorreu de o Ceará estar vencendo - ou até mesmo empatando - e recuar demasiadamente, chamando o adversário para o jogo e dando muito campo ao oponente, que passa, então, a acreditar que conseguirá o resultado desejado mesmo em contexto desfavorável.

Foi assim contra o Cuiabá, um time limitado tecnicamente, que estava jogando com um homem a menos por mais de 50 minutos, sofreu a virada e estava cambaleando em campo. Se fosse no boxe, estaria nas cordas.

Era preciso, então, nocautear. Não se pode permitir a oportunidade de recuperação para um oponente fragilizado. O Dourado empatou porque o Ceará aceitou que ele reagisse.

E, para isso, é preciso ambição para liquidar a fatura.

Foi isso que faltou ao Ceará, que poderia ter feito 3 ou 4 gols, se mantivesse o ímpeto dos 20 minutos iniciais no 2º tempo, quando Guto foi mais ousado, abrindo mão do seu pragmático 4-4-2 para lançar um 4-1-3-2, com apenas Fernando Sobral de volante e contando com enorme presença ofensiva, com Lima, Vina, Mendoza, Rick e Jael.

O Ceará saiu de campo com a frustração por ter perdido dois pontos que não voltam mais e farão falta.

Mas que a partida contra o Cuiabá sirva, ao menos, para deixar lições ao Alvinegro.

Caso a postura não mude, esta decepção se repetirá.