Veja como a arquitetura transforma o lar de idosos com acessibilidade
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Acredito que o lar é muito mais do que paredes e telhados. É o espaço onde memórias são guardadas e onde a vida acontece diariamente. Para os idosos, a arquitetura da casa pode ser tanto uma aliada quanto uma ameaça silenciosa. Em homenagem ao Dia do Idoso, celebrado em outubro, trouxe ideias para inspirar e proporcionar ainda mais bem-estar para si mesmo ou para quem você ama.
Sabemos que uma escada mal posicionada, uma iluminação fraca ou um banheiro sem barras de apoio podem transformar um simples movimento em um risco de queda. E é justamente nesse ponto que o cuidado arquitetônico se revela um ato de amor e respeito.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, já alertou como quedas domésticas estão entre as principais causas de acidentes com pessoas acima de 60 anos. A prevenção começa nos detalhes e não exige reformas grandiosas, pois pequenos ajustes podem trazer grandes mudanças na qualidade de vida.
Acessibilidade é prioridade
A arquitetura acessível não está relacionada apenas as rampas e corrimãos. Vai muito além e envolve criar um ambiente onde o morador idoso se sinta seguro, confortável e, principalmente, independente. O bem-estar nasce da autonomia e um lar planejado pode prolongar essa sensação de liberdade.
Imagine a diferença que faz ter uma boa iluminação nos corredores, eliminando sombras que confundem a visão, ou mesmo um piso antiderrapante no banheiro, que substitui o medo pela confiança. Esses detalhes, muitas vezes negligenciados, evitam muitos acidentes.
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Quando o assunto é iluminação, é recomendado instalar luzes de presença em corredores e quartos para que o idoso nunca precise atravessar um ambiente no escuro. Assim como fazer uso de pisos antiderrapantes e tapetes bem firmes no chão e, caso seja necessário, use até uma fita para evitar que escorregue.
No banheiro, use barras de apoio próximas ao vaso sanitário e dentro do box para garantir a estabilidade. Prefira também box com portas de correr ao invés de cortinas.
A altura dos móveis como cadeiras e camas devem ser numa altura que facilite sentar e levantar, reduzindo o esforço físico. Os ambientes devem ter muito espaço de circulação sem obstáculos em corredores e áreas comuns para que caminhar seja sempre um ato de liberdade.
Use também a tecnologia a favor da praticidade e autonomia com campainhas sem fio, assistentes virtuais e sistemas de monitoramento que podem trazer tranquilidade tanto para o idoso quanto para a família.
Tudo isso é muito mais do que prevenção, como também um gesto de cuidado. Cada ajuste arquitetônico é uma forma de dizer como a vida desse idoso e sua segurança importam. Não se trata apenas de evitar acidentes, mas de proporcionar dignidade, bem-estar e alegria no cotidiano. Afinal, uma casa adaptada é também um abraço diário, silencioso, mas cheio de significado.
Transforme sua casa hoje, morando ou não com pessoas idosas, em um lugar de conforto, seguro e acolhedor. Afinal, todos nós queremos envelhecer e viver plenamente com muita qualidade de vida no local onde moramos.
*Esta coluna reflete exclusivamente a opinião da autora