Inflação em Fortaleza foi a maior do Nordeste em 2023

Legenda: A inflação deve continuar em queda neste ano, mas em menor magnitude do que observado nos anos anteriores
Foto: Shutterstock

A inflação no Brasil, medida pelo IPCA, divulgada pelo IBGE na última quinta-feira (11/01), registrou 4,62% em 2023. O resultado foi mais ameno quando comparado aos anos de 2021 e 2022, quando foram 10,06% e 5,79%, respectivamente.

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FORTALEZA REGISTRA MAIOR INFLAÇÃO DO NORDESTE

Em Fortaleza a dinâmica inflacionária desacelerou, assim como em todo o País. Contudo, de acordo com os locais pesquisados pelo IBGE, a inflação em Fortaleza foi a maior do Nordeste em 2023.

IPCA – Nordeste – 2023

Posição  Local Inflação
1 Fortaleza +4,88%
2 Salvador +4,48%
3 Aracaju +3,94%
4 Recife +3,18%
5 São Luiz +1,70%

Fonte: IBGE (2024)

O grupo de Transportes, com elevação de preços em 10,63% em 2023, foi o grande responsável pela inflação de Fortaleza. Neste grupo, os itens que avançaram os preços de forma mais proeminente foram: passagem aérea (+53,66%), táxi (+20,20%) e gasolina (+19,26%).

INFLAÇÃO EM DESACELERAÇÃO EM FORTALEZA

Apesar da “fotografia” ainda ruim, o “vídeo” da inflação está melhorando nos últimos períodos, em razão do ímpeto menor observado de crescimento dos preços.

A inflação em Fortaleza foi de 10,63% em 2021 e 5,76% em 2022. No passado, o IPCA de Fortaleza de 4,88% continuou em trajetória descendente, e sob a ótica macroeconômica, decorre em razão de diferentes efeitos econômicos, entre eles:

  • Safra recorde e queda dos preços dos alimentos, em função da elevação da oferta;
  • Diluição dos efeitos da pandemia nos custos empresariais, especialmente os relacionados à logística;
  • Queda do dólar e o menor custo de produtos e matérias-primas importadas;
  • Juros altos, que diminuiu o apetite dos consumidores, resultando em demanda menor, especialmente de bens duráveis;

PERSPECTIVAS PARA A INFLAÇÃO EM 2024

A inflação deve continuar em queda neste ano, mas em menor magnitude do que observado nos anos anteriores. Entretanto, existem riscos relevantes no radar, como os próprios alimentos, que podem ter os preços sensibilizados por efeitos climáticos; e o preços dos combustíveis podem ainda ser mais afetados por questões de conflitos geopolíticos.

Grande abraço e até a próxima semana!

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Obs: A inflação em Fortaleza, Recife e Salvador é medida em suas respectivas regiões metropolitanas.



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