O Fortaleza fracassou no 1º objetivo da temporada de 2024: perdeu para o Ceará nos pênaltis, neste sábado (6), na Arena Castelão, e não conquistou o hexacampeonato cearense. E não foi um resultado que trouxe a reflexão, mas o desempenho na temporada: a áurea no Pici está estranha e distante da essência.
A perda do título estadual tem muito mérito do Ceará, que foi o melhor time da competição e mostrou, em campo, uma melhor postura em todos os quatro Clássicos-Rei realizados até aqui. Não à toa, os resultados são três empates e uma vitória - com Vojvoda sempre mudando a escalação.
O contraponto é o contexto. Às vésperas da final, o ambiente externo foi o foco. O discurso mais inflamado chamou atenção, seja para arbitragem ou drone, em postura diferente de anos anteriores.
O alto investimento no elenco sem o retorno técnico desejado também é um ponto levantado pelo torcedor, principalmente com a crise técnica encontrada em parte dos remanescentes. No Clássico-Rei, por exemplo, de todos os reforços da janela, apenas o zagueiro chileno Kuscevic foi titular.
A fala de Vojvoda na coletiva pós-Clássico-Rei, enfatizando a participação na Sul-Americana, serve como parâmetro para o baixo impacto da perda, o que não reflete o sentimento do torcedor tricolor. A crítica ainda chega acompanhada de um marca negativa: até o momento, o Leão não venceu nenhum adversário das Séries A, B e C.
Dito isso, é preciso recalcular a rota da temporada. Com um trabalho de sucesso nos últimos anos, além da manutenção do plantel e da comissão, se faz necessário ter autocrítica no momento para assumir pontos vulneráveis e se reconectar com a essência que o conduziu ao presente. O Fortaleza ainda tem Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Série A e Sula pela frente.