Ceará planeja definir percentual no orçamento para folha salarial do elenco de 2024; veja detalhes

O cálculo será feito com base no orçamento da próxima temporada

Legenda: O Ceará teve um dos elencos mais caros da Série B de 2023
Foto: Felipe Santos / Ceará

Ceará Sporting Club iniciou o planejamento de 2024. Com uma reformulação geral na diretoria, a gestão definiu as metas estratégicas do clube para a próxima temporada e também os novos índices internos de avaliação dos profissionais. E uma das diretrizes é o investimento de receita no elenco.

Em entrevista para o Jogada 1º Tempo, nesta quinta-feira (12), Guilherme Pequeno, novo diretor administrativo do time cearense, detalhou esse caso. O cálculo será feito para ajustar o orçamento. 

"As metas estratégicas foram traçadas. Os indicadores sensoriais de cada área, a gente já formatou, está validado, então agora vamos medir o indicador de meta para 2024. Um indicador administrativo que a gente trabalha é o custo de folha com a receita anual. A gente vai medir 2023 e projetar o orçamento. Vamos avaliar se vai ser 15%, 17% ou 18% (da receita com elenco), mas tem ajustes".
Guilherme Pequeno
Diretor Administrativo

O ponto é importante para entender quanto será o investimento alvinegro no plantel de 2024. Isso porque, no ano vigente, o time teve a maior folha salarial da Série B, mas não conseguirá o acesso. Com elenco de 38 jogadores, a nova composição econômica pode resultar na redução do plantel.

No processo de redefinição, o presidente alvinegro João Paulo Silva aprovou a redução de 16 para oito diretorias. Ainda restam dois cargos para serem ocupados: diretor de futebol e institucional. Quando todos estiverem acertados e alinhados, esse planejamento de metas deve ser revelado.

Exclusiva com Guilherme Pequeno, diretor administrativo do Ceará

DN: Qual o objetivo da diminuição de diretorias do Ceará?

"A gente entende que o momento de gestão do clube precisa evoluir e que poderia ser mais enxuto, conglomerado algumas atividades, com foco nas prioridades do momento. Estatutariamente, a gente tem de atender o estatuto, mas vamos simplificar para dar mais foco, com estratégias mais claras".

DN: Qual o novo organograma do Ceará após essa mudança?

"A gente apresentou uma primeira ideia de organograma. A gente vai ter as diretorias do estatuto, importante, mas a gente vai trabalhar numa linha em que o CEO vai cuidar de tudo menos das (diretorias) do financeiro, do futebol e do institucional. A parte administrativa, comercial, marketing, jurídico, esportes e base ficam no guarda-chuva do CEO. O CEO vai ajudar na meta e indicadores”.

DN: Como será a definição dos cargos de diretor de futebol e institucional?

“O institucional, com certeza terá (um novo diretor). Temos dois vice-presidentes, então tem essa possibilidade de acumular cargos também. No futebol, não foi anunciado porque tem algumas coisas que estamos avaliando, mas a ideia é que não seja acumulado (com outro gestor). Não quer dizer que não possa ser acumulado. O futebol é uma decisão dele, a ideia é nomear uma pessoa”.

DN: As coordenações e os executivos, que eram alinhados às diretorias, foram reduzidos?

"As coordenações que foram criadas antes estão alinhadas com esse novo modelo . Agora, é alinhar o modelo de projeto, quais são os projetos do ano que vem, as prioridades, (presidente João Paulo) vai validar isso, mas acredito que as coordenações que estavam postas, acho que vai ser mantido. Já os cargos de executivos, por exemplo, o executivo do comercial se reportava para o diretor da área. Quando o CEO chegar, vai fazer uma avaliação e terá carta branca para fazer ajustes, mas a gente acredita que o corpo executivo toca bem o clube. A gente colocou os cargos à disposição, mas o clube não parou, eles tem conhecimento do clube, dos processos”.