A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quinta-feira (10), os áudios do VAR da partida entre Guarani-SP x Ceará, disputada pela 21ª rodada do Brasileirão Série B do Brasileiro. O gol de Guilherme Bissoli, do Ceará, foi anulado após a arbitragem entender que a bola tocou na mão do atacante.
Na decisão, após a revisão recomendada pelo VAR, o árbitro marca a infração de mão e invalida o gol. Mas, nos diálogos, há primeiro o entendimento de que não foi mão. Depois, a decisão muda.
O árbitro Dyorgines de Andrade recorre ao VAR. O árbitro de vídeo fica com Carlos Eduardo Nunes Braga, e o AVAR, com José Eduardo Calza.
Veja o trecho que define a anulação do gol
VAR: Deixa eu ver se essa bola pega no braço dele... Não pega na mão, não vejo, volta para mim... Dyógenes, aguarda que estou checando se pega na mão... Devagar, devagar, a bola não pega na mão, ok? A bola pega no peito... (Braga fala)
AVAR: Para mim é uma mão, entendeu? Eu acho que encostou. Dá um toquezinho... (Calza fala)
VAR: A mão dele está assim e encosta na bola, né? Ela muda de direção. Ao invés de ela ir para frente, ela cai no corpo dele, ok? Ela cai, pega na mão dele e a bola cai no corpo dele, ok? Velocidade normal... na mão e cai no corpo dele, ok? (Braga fala)
Bronca alvinegra
O Diretor Jurídico do Ceará, Fred Bandeira se reuniu com o Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, nesta quinta-feira (10), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Ao fim da reunião, a comitiva do Alvinegro recebeu o material em áudio e vídeo que mostra a conversa entre o árbitro de campo e do VAR.
O clube, no entanto, mantém a decisão de apresentar notícia de infração contra o árbitro ao STJD, com foco no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pode punir Dyorgines Padovani com suspensão e multa pecuniária.
“Ao nosso ver, ele não cumpriu o papel dele, como árbitro, em verificar o VAR. Ele simplesmente tomou a decisão com os áudios enviados ao mesmo. Em contrário, inclusive, ao que tem na regra do jogo que fala que, questões subjetivas, que é o caso, que é apropriado - não obrigatório - que ele vá fazer revisão em campo”, explicou o diretor, em entrevista ao Jogada 1º Tempo.
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