Peritos do Cenipa começam a investigar causa do acidente de Marília Mendonça

Equipe do órgão da Força Aérea Brasileira saiu do Rio de Janeiro para Caratinga, em Minas Gerais, onde a cantora e mais quatro pessoas faleceram

Legenda: Peritos farão a apuração in loco do acidente aéreo
Foto: Reprodução

A queda do avião bimotor que vitimou a cantora Marília Mendonça e outros quatro tripulantes também será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). Uma equipe do 3º Serviço Regional De Investigação e Prevenção De Acidentes Aeronáuticos saiu do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (6) rumo a Caratinga para realizar os primeiros levantamentos.

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Os investigadores do órgão regional do Cenipa irão fotografar a área onde a tragédia ocorreu, assim como recolher partes da aeronave, destroços e outros materiais para análise. Testemunhas do acidente também serão ouvidas pela equipe.

Sem citar um prazo exato, o Cenipa informou que a ideia é concluir a investigação o quanto antes. O desfecho da apuração dependerá da complexidade do acidente, ponderou o órgão.

Questionado sobre o que pode ter motivado a queda do avião, o delegado Regional de Polícia Civil de Caratinga,  Ivan Sales, disse nessa sexta-feira (5) que ainda é cedo para apontar as causas reais do acidente.
 
“A perícia compareceu ao local e fez os trabalhos. Amanhã continuam os trabalhos. Cabe à Polícia Civil acionar a Cenipa para saber as causas do acidente”.

Anac

A PEC Táxi Aéreo, responsável pelo avião de pequeno porte, comunicou que o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana tinham ampla experiência de voo e que a aeronave estava habilitada pela Anac. 

“O avião envolvido no acidente era devidamente homologado pela Anac para transporte aéreo de passageiros e estava plenamente aeronavegável”.

Tragédia

A cantora e parte da equipe estavam em um avião de pequeno porte que caiu perto de uma cachoeira na cidade de Piedade de Caratinga. 

Inicialmente, a assessoria da sertaneja informou que ela estava bem e que havia duas pessoas na aeronave. O número e a informação, contudo, foram atualizados posteriormente, e as mortes foram confirmadas pelas autoridades mineiras.

De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça, outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição de alta tensão da empresa, em Caratinga, em Minas Gerais. 

A Polícia Militar mineira afirmou que o avião bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984, decolou de Goiânia (GO) e caiu em uma cachoeira localizada a dois quilômetros da pista onde faria o pouso. Ele podia levar até seis passageiros e tinha capacidade para 4,7 mil quilos.

Testemunhas e pilotos que sobrevoaram a região perto de quando o acidente aconteceu falaram que a aeronave "rasgou" fios de alta tensão que estavam ligados a uma torre próxima ao local.