Conheça João do Vale, homenageado pelo Google nesta terça-feira (11)

A celebração ao músico é exibida pelo buscador somente para usuários no Brasil

Legenda: Se vivo, ele estaria completando 88 anos nesta data
Foto: reprodução

O Doodle comemorativo do Google celebra, nesta terça-feira (11), o aniversário do cantor e compositor maranhense João do Vale. Ele é apontado como uma figura fundamental para a história e o cenário musical do País.

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O artista faleceu em dezembro de 1996, aos 62 anos. Se vivo, ele estaria completando 88 anos nesta terça-feira. A homenagem ao músico é exibida pelo buscador somente para usuários no Brasil

Quem foi João do Vale?

João Batista do Vale, mais conhecido como João do Vale, nasceu em Pedreiras, no Maranhão, em 1934. Afrodescendente, ainda jovem, ele enfrentou preconceito ao ser expulso da escola para dar lugar a um aluno de classe alta. Esse acontecimento impactou a forma como ele enxergava o mundo, além de influenciar o trabalho dele. Em seguida, ele teve que vender laranjas em feiras para ajudar a sustentar a própria família. 

João Vale no programa Musicograma, da TV Brasil, no episódio
Legenda: Como não sabia escrever, João teve que memorizar o próprio trabalho para poder se apresentar
Foto: reprodução/TV Brasil

Aos 13 anos, o artista já compunha músicas para um grupo musical brasileiro. Eles montaram peças chamadas Bumba-Meu-Boi, que retratavam a cultura maranhense através do teatro, da dança e de letras. O envolvimento com o grupo impulsionou a paixão lírica, mas não forneceu dinheiro suficiente para elevar a situação financeira do jovem e dos parentes.

Em busca de melhores oportunidades, ele decidiu viajar para o Rio de Janeiro, onde assumiu trabalhos braçais como mineração de carvão, pedreiro e construção civil. Entre os serviços, ele visitou outras grandes cidades para compartilhar a melodias e poesias que criava.

Influenciado por experiências pessoais e gêneros musicais nordestinos como o baião, Vale escreveu canções sobre pobreza e cultura popular. 

No início dos anos 1950, ele finalmente teve a oportunidade de apresentar as próprias criações de ritmos dançantes na Rádio Nacional — emissora que influenciou os gostos musicais dos brasileiros. Como não sabia escrever, João teve que memorizar o próprio trabalho para apresentar as peças. 

Os baiões chamaram a atenção dos apresentadores e produtores que atuavam no veículo e então a carreira musical dele decolou. O maranhense começou a trabalhar com artistas que estavam empolgados em ajudá-lo a desenvolver as próprias composições e habilidades de criação, como Chico Buarque.

Cerca de 14 anos depois, o cantor já se apresentava em showrooms que destacavam os ritmos nordestinos para a classe trabalhadora do sul do País. Ele escreveu vários sucessos musicais, criou dois álbuns solo e compôs músicas que popularizaram grandes nomes da indústria. João continuou a criar e compartilhar músicas enraizadas na cultura dele até morrer, em 1996.

Em São Luís, capital maranhense, há um teatro dedicado a ele no Centro Histórico da cidade. Ele também é homenageado na cidade natal, Pedreiras, com um memorial.

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