Três servidores do presídio de Mossoró são afastados durante investigações sobre fuga de detentos

Decisão da Corregedoria de órgão ligado ao Ministério da Justiça foi tomada nesta terça-feira (20)

Legenda: Dois homens fugiram do presídio de Mossoró no dia 14 de fevereiro
Foto: Reprodução/TV Globo

A Corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça, afastou cautelarmente três servidores do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, durante as investigações sobre a fuga da dupla Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. A medida foi decretada nesta terça-feira (20). 

Em texto assinado pela cooregedora-geral da Senappen, Marlene Inês da Rosa, foi detalhado que o "afastamento se dará até a conclusão dos procedimentos apuratórios correcionais". Os três servidores afastados atuavam nas áreas de:

  • Divisão de inteligência;
  • Segurança;
  • Administração da unidade de segurança máxima.

A Senappen apura internamente as circunstâncias da fuga dos detentos. Além disso, a Polícia Federal também está conduzindo um inquérito para investigar se Diebson e Rogério tiveram ajuda de algum funcionário para escapar da unidade, na última quarta-feira (14).

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Foi constatado, até o momento, que houve diversas falhas nos procedimentos de segurança do presídio de Mossoró, como a falta de vistorias adequadas e câmeras de segurança funcionando incorretamente. 

Uma câmera de segurança capturou o instante em que os dois passaram pelo alambrado. Por conta dos registros de má qualidade, não houve o acionamento do alerta da fuga.

Quem são os criminosos?

Os detentos que fugiram foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35 anos. Ambos são naturais do Acre e respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio. Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, tendo atuação nacional e internacional.

Deibson Cabral, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", está ligado em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério da Silva, o "Martelo", responde a processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.