Socialite Anne Frigo, acusada de mandar matar namorado, morre em decorrência de câncer no cérebro
Presa ainda no ano passado, Anne morreu em casa, por conta da prisão domiciliar, no último domingo (5)
A socialite paulista Anne Cipriano Frigo, conhecida pela acusação de ter mandado matar o namorado em junho de 2021, faleceu no último domingo (5), aos 46 anos, por conta de graves problemas de saúde em decorrência de um câncer no cérebro.
No mês de junho de 2021, ela foi acusada de ser mandante do assassinato do segurança Vitor Lúcio Jacinto, de 42 anos.
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Na época, segundo investigações da Polícia Civil do Ministério Público de São Paulo, ela teria pago R$ 200 mil para que o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, de 39 anos, matasse o então namorado. A motivação seria a descoberta de diversas traições.
Em seguida, Carlos chegou a confessar o crime em depoimento. Ele afirmou ter levado Vítor para olhar um terrano e atirado no homem enquanto ele mexia no celular.
Após isso, o corretor dirigiu por uma hora e 15 minutos, percorrendo 49,6 km para chegar ao local onde o corpo foi desovado. O motoboy Leandro Lopes Brasil também ajudou Carlos a atear fogo na vítima.
Socialite negou
Anne Cipriano Frigo negou veementemente ter aiso a mandante do crime, alegando que Carlos teria agido por ciúme justamente por se sentir atraído por ela. Entretanto, Carlos chegou a mostrar o pagamento feito pela mulher por meio de um cheque.
Nas investigações, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esclareceu o planejamento do homicídio. Por meio de câmeras de monitoramento, foi possível constatar que Anne e Carlos se encontraram antes e depois do crime.
Prisão e doença
Anne Frigo foi presa preventivamente no dia 29 de julho, junto de Carlos, sendo liberada no dia 10 de agosto. Porém, ela foi presa novamente na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, na zona norte de São Paulo, oito dias depois.
Já na prisão, ela se sentiu mal e passou por consultas médicas nos dias 30 de agosto, 08, 16 e 17 de setembro do ano passado.
Em outubro, ela foi diagnosticada com dificuldades para caminhar, alterações de reflexo e de coordenação motora com queda frequente. Ao cair no presídio, a socialite sofreu traumatismo craniano.
O tumor cerebral foi descoberto no Hospital Albert Einstein e no dia 5 de outubro ela passou por uma cirurgia. A Justiça, então, concedeu prisão domiciliar para Anne, que faria sessões de quimioterapia e radioterapia.
Assim, Anne permaneceu em casa, mais precisamente em um apartamento de 700 m² na zona sul de São Paulo, até a data da morte no último fim de semana.