Modelo suspeita de matar noivo em motel tem crise de pânico em presídio
Marcela foi detida na última quinta-feira (10), um dia depois da morte do empresário Jordan Lombardi, de 39 anos
Poucos dias após ser presa por suspeita de matar o noivo em um motel em Goiás, a modelo Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, teve uma crise de pânico no presídio de Barro Alto, interior do estado. Ela foi levada à unidade de saúde municipal, onde foi feita a constatação do estado psicológico, e recebeu medicação, como informou a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).
Marcela foi detida na última quinta-feira (10) em Cocalzinho de Goiás, para onde fugiu após o possível cometimento do crime contra o empresário Jordan Lombardi, de 39 anos, em um motel do Distrito Federal. O crime teria sido na quarta-feira (9). Ela estava presa preventivamente na unidade de Luziânia, no entorno do Distrito Federal, mas foi transferida para Barro Alto no dia seguinte.
Em cela especial, a modelo contou ao advogado de defesa, Jhonny Cleick, no último sábado (12), que se arrepende do crime e que foi agredida durante uma briga com o noivo. "Eu refiz com ela toda a dinâmica dos acontecimentos e foi muito esclarecedor. A defesa não tem dúvida que ela agiu em legítima defesa", afirmou o advogado ao G1.
O crime
Marcela teria matado o noivo com disparos de arma de fogo em um motel no Distrito Federal. Após o ato, ela fugiu para Goiás no carro da vítima. No caminho, o veículo foi bloqueado pelo rastreador. Por isso, a modelo roubou uma kombi escolar.
Quando chegou a Cocalzinho de Goiás, ela parou em um posto de gasolina e entregou-se à Polícia.
O crime teria sido motivado por uma discussão entre o casal sobre uma denúncia de estupro que a filha de Jordan, de 3 anos, teria feito ao pai. Segundo o advogado de Marcela, a menina teria sido abusada por uma pessoa próxima ao empresário.
A modelo, que sofreu abuso sexual na infância, passou a cobrar que Jordan denunciasse o caso à Polícia Civil, mas ele se negava.
"Ela se viu no relato da enteada. A indignação com o caso foi tão grande que ela começou a cobrar constantemente uma atitude dele. E queria, principalmente, que ele denunciasse na Polícia Civil. A discussão foi ficando vez mais intensa e frequente", contou o advogado de Marcella ao G1.
Segundo a defesa da modelo, o empresário teria comprado a arma de forma clandestina em São Paulo para resolver a situação sem interferência da polícia.
"Provavelmente ele queria matar o abusador da filha, mas acabou não fazendo isso. A Marcella contou que ele foi até a casa da pessoa e fez ameaças, atirou para o alto, mas foi embora", explicou Jhonny.