Homem condenado por assassinato de esposa grávida é morto pela Polícia após tentar matar ex-sogra
Empresário estava em liberdade provisória enquanto aguardava revisão do julgamento que o condenou a quase 30 anos de prisão
Horácio Rozendo de Araújo Neto, empresário condenado pelo assassinato da esposa grávida, foi morto nesta sexta-feira (16) em Iporá, no interior de Goiás, durante confronto com a Polícia Militar por tentar matar a ex-sogra, que estava dentro de uma loja, com cinco tiros. Nilva Camargo Soares, de 55 anos, passa bem.
As informações são da Polícia Civil de Goiás repassadas ao portal g1. A mulher não sofreu ferimentos graves e tem estado de saúde estável de acordo com as forças de segurança. O caso segue em investigação.
Segundo o delegado Ramón Queiroz, que investiga o ocorrido, Horácio deixou uma carta justificando o motivo pelo qual tentaria assassinar a ex-sogra. Ele mudou o carro que normalmente utilizava para passar desapercebido, mostrando que o crime foi premeditado, e alegava no texto, escrito à mão, que não aguentava mais a situação e iria dar um basta.
Ele efetuou os cinco disparos e chegou a fugir, mas foi alcançado pela Polícia Militar, onde acabou morto após a troca de tiros: "Ele fez cinco disparos contra a ex-sogra e fugiu. A Polícia Militar localizou ele e narraram que ele efetuou um disparo em direção aos policiais. Eles revidaram e ele veio a óbito", pontuou o delegado.
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Não foi a primeira vez
O empresário estava na mira da justiça desde setembro de 2017, quando foi preso pela morte da então esposa Vanessa Camargo, filha de Nilva e que estava grávida de três meses do segundo filho do casal. À época, ele alegou que a cônjuge havia sido baleada na cabeça enquanto estava no carro com ele e com o filho de dois anos em Ivolândia, também em Goiás.
A justificativa dada por Horácio é de que o veículo foi abordado por assaltantes, que efetuaram o disparo após Vanessa reagir à tentativa, mas investigações policiais indicaram que havia sido ele quem assassinou a mulher. O empresário foi preso dias depois do crime, e foi condenado em 2020 a quase 30 anos de prisão.
A condenação se deu por homicídio qualificado por motivo torpe, aborto e fraude processual. A Justiça, no entanto, concedeu um habeas corpus no mesmo ano, e desde então, Horácio estava em liberdade aguardando o julgamento de um recurso impetrado pela defesa.