Primeiro coração artificial feito de titânio é implantado em paciente humano; entenda

Após os resultados positivos do procedimento inédito, outros quatro pacientes foram incluídos nos testes

Legenda: Coração artificial usado em implante
Foto: Divulgação/Bivacor

O Instituto do Coração do Texas (THI) e a empresa de aparelhos médicos Bivacor anunciaram, nessa quinta-feira (25), a implantação — pela primeira vez — de um coração totalmente artificial feito de titânio em um paciente humano. O procedimento entrou para os estudos clínicos realizados nos Estados Unidos.

Chamado de Coração Artificial Total (TAH), o implante é uma bomba de sangue que substitui os dois ventrículos de um órgão com insuficiência cardíaca.

Estou incrivelmente orgulhoso de testemunhar o primeiro implante bem-sucedido em humanos de nosso TAH. Essa conquista não teria sido possível sem a coragem de nosso primeiro paciente e sua família, a dedicação de nossa equipe e nossos colaboradores especializados do The Texas Heart Institute
Daniel Timms, PhD
fundador e diretor de tecnologia da BiVACOR

Conforme publicação no site da THI, os estudos com o dispositivo agora vão ser direcionados a avaliar a segurança e o desempenho do dispositivo. O mecanismo será uma solução temporária para pacientes que aguardam um transplante de coração. 

Novos pacientes inclusos em testes

Após os resultados positivos do implante inédito, outros quatro pacientes foram incluídos nos testes.

“Com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, o TAH da Bivacor oferece um farol de esperança para inúmeros pacientes que aguardam um transplante de coração”, afirma Joseph Rogers, presidente do instituto no Texas e pesquisador principal do estudo, em comunicado.

Veja também

Neste contexto, os pesquisadores afirmam que os transplantes são reservados para casos graves, e que menos de seis mil procedimentos ocorrem a cada ano pelo mundo. Com isso, os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) avaliam, por exemplo, que até 100 mil americanos podem se beneficiar de suportes mecânicos como o novo coração artificial.