Manutenção de revestimentos cerâmicos

Utilizados para revestir pisos e paredes, seja em estruturas de grande amplitude, seja em forma de detalhes na decoração, os revestimentos cerâmicos têm tanta diversidade e durabilidade – comprovada ao longo dos séculos – que caíram no gosto da população. Mas você sabe a diferença entre os diversos tipos de revestimentos cerâmicos?

Foto: Cerbras/ Divulgação

O revestimento cerâmico, incluindo os porcelanatos, destaca-se por sua facilidade de limpeza, relata Ricardo Veras, Gerente Comercial da Cerbras. Ele informa que o ideal é o material ser mantido limpo. “Eventuais manchas ou sujeiras podem ser removidas, na maioria dos casos, com pano úmido e o uso de detergentes neutros. Para remoção de manchas mais difíceis, indica-se o uso de produtos específicos que garantam a limpeza sem comprometer as características técnicas e estéticas do revestimento”, orienta o profissional.

Ricardo Veras também sugere evitar produtos ácidos, pois podem danificar a superfície das peças, alterando o brilho e o rejunte.

No caso de revestimentos esmaltados, o Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da Universidade de São Paulo (USP) afirma que, normalmente, um pano ou esponja úmida é o suficiente para manter o revestimento com o seu brilho natural. Quando manchas moderadas ocorrerem, a limpeza de rotina pode ser realizada com uma solução moderada de produtos de limpeza caseiros com água quente, salienta o Instituto.

Sabão, não
Para superfícies severamente manchadas, uma solução mais forte deve ser usada. No entanto, sabão não deve ser usado para limpar revestimentos cerâmicos segundo o IAU, pois ele forma um filme que embaça o brilho e promove o crescimento de mofo e bactérias em áreas úmidas, como nos boxes dos banheiros. Os produtos (soluções) utilizados para limpeza devem ser sempre perfeitamente removíveis da superfície com água limpa, sinaliza a instituição.

Ela pondera que, com exceção de cerâmicas que precisam ser enceradas, como as de terracota, os revestimentos cerâmicos não necessitam de
nenhuma proteção especial para manter seu aspecto. Se o rejunte estiver sujo, a limpeza deve ser realizada vigorosamente com uma esponja com cerdas de plástico.

Legenda: Ricardo Veras, Gerente Comercial da Cerbras
Foto: Cerbras/ Divulgação

Outro ensinamento é que palhas ou esponjas de aço jamais devem ser utilizadas na limpeza, pois pequenas partículas de aço podem permanecer no rejunte ou na placa cerâmica e, ao se oxidarem, podem manchar definitivamente a peça.

Cuidados diferenciados
Já no caso de cerâmicas não esmaltadas, a instituição expõe que sabão em pó não deve ser utilizado, porque grãos do produto não dissolvidos podem permanecer na superfície após a limpeza, promovendo seu eventual escurecimento. Seladores também não são recomendados para o uso sobre superfície de revestimentos não esmaltados. Quando isso for desejável para determinadas situações residenciais, a manutenção deve seguir as orientações do fabricante. Sob condições normais, o selador dura normalmente entre três e quatro anos, ensina o Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP.

“É importante sempre consultar o manual de uso do produto, disponível nos sites dos fabricantes, para que sejam feitas a instalação e a manutenção adequadas”, completa Ricardo Veras.


SAIBA MAIS
Tipos de cerâmica

Cerâmica, azulejo, pastilha e porcelanato são categorias de “cerâmica vidrada”, compostas de argila e outras matérias-primas inorgânicas, explica Ricardo Veras, Gerente Comercial da Cerbras. Ele diz que o termo “azulejo”, mais conhecido no passado, era utilizado para identificar cerâmicas de pequenos formatos e pouca espessura, usadas para revestir somente paredes. Já as pastilhas também podem ser fabricadas em materiais distintos da cerâmica, como pastilhas de vidro, madeira, metal etc., anuncia o gestor. “No geral, a diferença básica entre os tipos de cerâmica é a porosidade do tardoz (parte inferior da peça), expressa pela porcentagem de absorção de água sobre o peso total da placa, medida realizada conforme ensaio normatizado. No caso do porcelanato, essa porcentagem é de até 0,5%. Para os demais produtos cerâmicos, essa absorção varia de acordo com uma tabela de classificação que regula a fabricação de placas cerâmicas”, esclarece.

Outros cuidados:
. Para evitar danos, forre os pés dos móveis com feltro ou carpete, minimizando o atrito entre os móveis e o revestimento cerâmico;
. Evite derrubar objetos pesados ou pontiagudos, que podem causar lascas na superfície do revestimento;
. Mantenha sempre os pisos cerâmicos limpos para evitar sujeiras abrasivas que podem danificá-los;
. No caso de residências, procure utilizar um tapete ou capacho nas portas de entrada. Dessa forma, o excesso de sujeira fica acumulado nesse local e não chega até os pisos cerâmicos internos.
Fonte: viaapiaceramica.com.br