Técnicas de estudo favorecem aprovação em concursos públicos

Conheça algumas técnicas recomendadas pelo mentor para concursos André Naberezny.

Nada melhor do que aprender com quem já chegou lá e conhece o chamado “caminho das pedras”. É o caso de André Naberezny, de 44 anos, aprovado em mais de 10 concursos públicos. Além de analista judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), na função de arquiteto, ele atua como mentor para concursos (@voceaprovadoja) e formador de formadores na Escola Superior da Magistratura Cearense (Esmec) e na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Nesta edição do Classificados do Diário do Nordeste, André traz valiosas orientações para os concurseiros de plantão. Afinal, sempre é possível aprimorar as técnicas de estudo. Aprender a aprender “De nada adianta estudar muito, sem estudar certo. Aprenda com a experiência de outros. Aprenda com quem sabe. Encurte o caminho até a sua aprovação, aprendendo com os erros e os acertos de outros, sem ter que errar tanto por si próprio”, aconselha André Naberezny.

Legenda: André Naberezny, mentor para concursos
Foto: Cláudia Soares/Divugação

Dentre os “grandes mestres em concursos” com quem estudou, ele cita os professores William Douglas, Alexandre Meirelles e Pierluigi Piazzi, o recordista de memorização Renato Alves e o hipnólogo e recordista de memorização Alberto Dell’isola. “Descobri que havia todo um universo de técnicas e estratégias que nós sequer tínhamos ideia na nossa vida de estudante”, comenta o analista do TJCE.

“Um dos primeiros conceitos é a questão da lei de Pareto, que nos fala que 80% dos nossos resultados advém de 20% dos nossos esforços. Para ser bem objetivo, o edital de qualquer concurso contempla praticamente toda a matéria de uma faculdade inteira, e nós sabemos pela lógica que em quatro ou cinco horas de prova é impossível elaborar uma prova que contemple todo esse conteúdo. O que acontece na realidade é que, em média, somente 30% do edital, no máximo, é que realmente cai na prova. Saber qual o conteúdo está dentro desse 30% é o grande segredo”, descreve André Naberezny.

Otimização

De todas as técnicas que utilizou ao longo dos anos de estudo na preparação para concursos, o mentor diz que a técnica Pomodoro se mostrou a mais eficaz para combater o cansaço durante as sessões de estudo e maximizar a atenção e o foco de acordo com a curva de concentração do ser humano, estudada pela neurociência do aprendizado. “Eu dividia sistematicamente a minha sessão de estudo em blocos de 30 minutos focados, nos quais eu simplesmente não fazia mais nada além de estudar. Obviamente, celular e outros aparelhos que pudessem me distrair permaneciam desligados. Depois desses 30 minutos, 5 minutos de descanso, nos quais me dedicava a uma atividade lúdica, prazerosa, para ativar a famosa tríade de criação de hábitos, que é feita de gatilho, rotina e recompensa”, expõe o profissional.

Ele diz que essas técnicas são baseadas em neurociência. “A exemplo da famosa pirâmide do aprendizado de William Glasser, por meio da qual percebemos que a maior retenção do conteúdo se dá quando ensinamos esse conteúdo a outra pessoa. Assim, também para elaborar um ciclo de revisões prático e eficaz, utilizei os gráficos de esquecimento e memorização do cientista Hermann Ebbinghaus, por meio dos quais desenvolvi uma técnica na qual revisava a matéria estudada já no outro dia, ou seja, em menos de 24 horas depois. Uma semana após, 15 dias após e daí mensalmente até o dia do concurso”, detalha André Naberezny.

Dia D

Por fim, o especialista em concursos públicos menciona o momento da prova. Ele conta que existem inúmeras técnicas para se fazer os mais diversos tipos de prova, para administração do tempo, para administrar o próprio estado emocional e voltar ao seu autodomínio, entre outras. “Cada banca precisa ser mapeada individualmente para que você possa entender como ela pensa, o que é exigido do conteúdo em cada concurso e a maneira correta de responder a cada tipo de questão. Fazer provas de concurso é sobre técnicas! Não existe essa de ‘só estudar e ver no que dá’”, frisa o arquiteto aprovado em mais de 10 concursos públicos.