Cresce exigência em seleções para a área tecnológica

Especialista no assunto traz dicas e orientações para ajudar os candidatos na aprovação.

Foto: Banco de Imagens

A comunicação assertiva e o correto posicionamento no mercado podem ser decisivos para os profissionais da área da Tecnologia da Informação que passam por processos seletivos. Para apoiá-los na busca por uma boa colocação junto às empresas, esses profissionais têm buscado a ajuda de processos de coaching. Janaina Lima, coach  executiva e cofundadora da Icon Talent – empresa especializada em recrutamento e seleção para área de tecnologia –, traz algumas dicas valiosas sobre como melhorar o desempenho no processo seletivo para cargos na área de tecnologia. 

As ações devem ser pensadas para que o candidato consiga se sobressair em um mercado altamente competitivo, e passam pela manutenção do perfil em redes sociais, pela elaboração do currículo profissional e pelo estabelecimento de contatos.

“Uma dica básica é escolher as empresas que gostaria de trabalhar antes de começar a prospecção por uma vaga. Estar atraído profissionalmente por uma empresa que tenha valores parecidos com os seus aumenta muito a chance de uma relação profissional sólida e duradoura. Aplicar-se para qualquer vaga e, de repente, ser contratado, pode parecer sorte, mas não é. Afinal, logo a frustração de estar no lugar errado pode bater  forte e fazer você querer mudar de emprego”, orienta Janaina Lima, Pós-graduada em Planejamento e Gerenciamento Estratégico na PUCPR, Graduada em Sistemas de Informação pela FESP PR, formação em Coaching Profissional e Liderança pela EPC (Escola Paulista de Coaching), certificada pelo IBC (International Business Coaching Institute).

Legenda: Janaina Lima: dica básica é escolher as empresas que gostaria de trabalhar antes de começar a prospecção por uma vaga.
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Confira outras dicas a seguir.

Linkedin
Essa rede social é uma ferramenta poderosa e muito utilizada pelos recrutadores para a caça de talentos. Manter seu perfil atualizado, com as formações sobre cursos, conhecimento técnico, os projetos em que participou (incluindo ações voluntárias, se for o caso) é o primeiro passo. 

Currículo
A descrição das atividades realizadas nas empresas em que passou é fundamental: devem estar listadas de forma clara e objetiva, trazendo os principais destaques (tecnologias, processos, metodologias utilizadas) e principais entregas como projetos realizados, ganhos trazidos para a empresa (preferencialmente em percentuais e resultados tangíveis). O briefing pessoal deve abordar as áreas de atuação onde o profissional é mais forte, por exemplo: “Desenvolvedor Frontend”, “Analista de  Negócios”, “Gestão de TI | Projetos | Sustentação de Sistemas”, “Desenvolvedor Ruby” etc.

Histórico
O currículo deve trazer também um breve resumo do histórico profissional e das características pessoais que fortaleçam o perfil (espírito de equipe, engajamento,  determinação). Precisa ser algo que represente de fato quem está por trás daquele perfil. 

Contatos
É muito importante deixar os contatos disponíveis (e-mail e telefone) para que o recrutador possa ter fácil acesso ao candidato. Evite fotos que exponham a vida pessoal, pois esse é um perfil profissional. As imagens devem proporcionar a visão de quem vai chegar na empresa no momento da entrevista. Tenha sempre em mente qual é imagem a ser passada para o selecionador.

Análise
Na hora de se candidatar a uma vaga, é importante ser assertivo. Não se deve disparar o currículo para todas as vagas do mercado, pois isso demonstra falta de foco. Antes de se candidatar, é importante fazer uma autoanálise: 
1. O candidato cumpre a maioria dos requisitos da vaga (pelo menos 75%, 80% deles)?
2. Há uma identificação com a empresa?
3. É uma oportunidade que atende os objetivos de carreira?
4. Caso se saiba a oferta salarial e os benefícios, isso atende às necessidades básicas? 
Se as respostas forem positivas, o currículo deve ser enviado. Por outro lado, se o candidato não preenche nem metade dos requisitos, deve continuar a busca por outra vaga.

Entrevista
Antes da entrevista, o candidato deve procurar entender um pouco mais sobre a empresa recrutadora, para demonstrar interesse sobre ela. Ele deve usar roupas adequadas, sem exageros e ser transparente durante o tempo em que estiver frente à frente com o entrevistador. A entrevista deve ser vista como uma conversa, um bate-papo. É importante agir naturalmente, explorar pontos fortes, ser honesto e objetivo, trazendo as informações mais relevantes sobre competências, experiências profissionais e o que realizou nas empresas por onde passou. Prepare-se tecnicamente de acordo com o que é solicitado pela vaga para responder aos gestores de tecnologia que possivelmente participarão do processo.

Humildade
É fundamental não parecer arrogante. Afirmações como “eu fiz”, “eu resolvi”, “eu me garanto” podem ser uma cilada. Embarcar em uma valorização do ego na hora da entrevista pode ser fatal para o candidato, mesmo que ele tenha um currículo impecável. Por isso, é preciso ser honesto e autocrítico. Por outro lado, ficar mudo e só responder de forma monossilábica também não vai ajudar.