Se possível fosse falar apenas de um lance dentro do jogo, esse comentarista se daria por satisfeito.
Quando um jogo é pontuado por uma disputa equilibrada, é natural se imaginar que somente um lance genial pode resolver o impasse.
Ceará e Santos faziam um jogo bom de se ver, oferecendo na disputa formas diferentes de jogar: o Santos tocando mais a bola, fazendo a jogada fluir mais rapidamente.
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Um poder de fogo de controle mais difícil para a defesa adversária, por contar com Marinho e Soteldo, rápidos e insinuantes.
O Ceará mais dependente da jogada de velocidade com Léo Chu, e com a atitude preferencial pela jogada aérea, principalmente na bola parada,
Soteldo, para azar do Santos, concluiu duas jogadas para fora do alvo, uma delas em um contragolpe pertinho do fim da primeira etapa.
Sóbis não superou João Carlos num cruzamento de Léo Chu, e Luiz Otávio errou de cabeça numa bola vinda de cobrança de escanteio.
Afora outras situações de ataque bem resolvidas nas tramas, o primeiro tempo bem merecia o realce de um placar com gols.
Mas o que eu queria falar no início se refere ao que de mais importante aconteceu dentro da noite: um golão marcado por Vina na vitória do Ceará.
A bola passou pelos pés de Fernando Sobral e Vizeu até chegar a Vina, que pegou de voleio antes que a zaga adversária interviesse.
O atacante alvinegro processou num átimo de segundo espaço, marcação, movimento de bola e guardou, resolvendo um caso difícil.
Gostei da partida e, mais ainda, de um lance de beleza que me pareceu o suficiente para valer pelos noventa minutos e descontos.
Bravo, Vina!