A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é um dos melhores negócios do país. O último balanço em 2019 revelou R$ 696 milhões no caixa da entidade.
Dinheiro que, por direito, pertence ao futebol brasileiro.
Muita areia para o caminhão de um Caboclo só, concordam?
Com prestígio e dinheiro acumulados, o seu presidente Rogério Caboclo deve ter acreditado que o poder é mesmo afrodisíaco.
Não resistiu às primeiras tentações do cargo por problemas que ele próprio criou.
Acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da CBF, acabou sendo suspenso da presidência da entidade pela Comissão de Ética do Futebol por 30 dias.
Como se sabe, Caboclo chegou ao comando do futebol brasileiro pelas mãos de Marco Polo Del Nero, um banido do futebol pela FIFA e alvo recentemente de uma operação da Polícia Federal, por fraudes e pagamento de propina no fundo de pensão dos Correios.
Quem conhece de perto o presidente da CBF o descreve como figura totalmente diferente da que aparece nos vídeos.
Adota o modelo Havelange-Teixeira-Del Nero na política de se perpetuar no poder.
Ao tentar impor a realização da Copa América no Brasil, Caboclo promoveu outro desastre. Cometeu uma preleção para jogadores e comissão técnica da Seleção Brasileira, antes do jogo com o Equador, ao se apresentar alcoolizado.
Essa situação constrangedora e vergonhosa só confirmou as informações dando conta de que Caboclo estava “tomando todas”, especialmente na sede da CBF.
Quem assume por 30 dias, com prazo que pode ser estendido, é o Coronel Nunes, do Pará, outra “grande figura” do futebol brasileiro.
Como presidente da Federação Paraense, passou “apenas” 20 anos no poder.
O que isso tudo quer dizer?
Nada. “Bem feito” para o nosso futebol.