Existem treinadores que são reconhecidos pela modernidade presente em seus trabalhos. Além de uma erudição própria para explicar futebol.
Aqui e alí, são contratados como soluções, em um futebol onde a tirania dos resultados cobra garantias.
Garantias que ninguém pode entregar da forma como cobra a classe dirigente do futebol.
O argentino Bielsa e o brasileiro Fernando Diniz são dois exemplos de treinadores cultuados pela competência e admiração de que desfrutam.
Já os resultados finais dos seus trabalhos são insuficientes para sustentá-los em uma posição de maior destaque.
Quem caminha para fazer parte desse "time" de treinadores cultuados é Tiago Nunes, dispensado pelo Ceará.
Bom teórico, formação acadêmica e conhecedor do seu ofício.
Pelos times que dirigiu, parece não ter encontrado jogadores com as características semelhantes as que possuíam jogadores do Athletico do Paraná, equipe que dirigiu com sucesso.
De forma bastante clara, essa classe de treinadores defende uma nova maneira de sentir futebol.
Posse de bola, ideia, ordem e coragem, com o fito de "ter protagonismo, ao invés de ficar esperando", como defende Sampaoli, outro treinador cultuado pelo seu estilo ofensivo.
Mais poético, Fernando Diniz diz que seu trabalho se destina a "ajudar jogadores a se expressarem e tornarem o futebol prazeroso, para eles e para o público.
Quem sabe, daqui a pouco, esses treinadores herdarão a razão.
Por enquanto, vão sendo varridos pelo inferno dos resultados como os demais colegas de profissão.