"Podem me prender. Podem me bater. Podem, até deixar-me sem comer. Que eu não mudo de opinião. São versos de Zé Kéti, na música "Opinião", que uso para dizer que o drible é o ato mais importante do futebol.
Não adianta me dizerem que o passe é mais importante. Na minha visão, é o drible e papo encerrado.
Volto ao tema, quando vejo Erick Pulga, do Ceará, executar vários dribles sobre os marcadores e fazer um golaço na vitória do Ceará sobre o Atlético.
É prazeroso ver, num drible, Moisés, do Fortaleza, deixar o goleiro do Barbalha sentado no chão e assinalar o gol, com a meta vazia.
O drible desconcertante é chave para abrir esquemas defensivos fechados.
Vejam o que nomes geniais dizem sobre o drible no País de Garrincha, o driblador-mor.
"Brasileiro, adorando driblar, espuma de ódio quando é driblado". Paulo Mendes Campos.
"O drible de corpo é quando o corpo tem presença de espírito". Chico Buarque.
"A arte do drible é dizer que sim e executar o não". Ignácio de Loiola Brandão.
"Todos os os jogadores são marcáveis. Menos Mané Garrincha. Mané em dia de Mané, só com um revólver", Nilton Santos.
"Garrincha não era de carne e osso. Se o Mané fazia uma coisa em campo, no replay fazia outra". Nei Conceição.
"Driblar qualquer jogador do Mundo pode. Mas, até parece que só o brasileiro detém os segredos do drible". Ruy Castro.
O passe é a razão. O drible é a intuição. Um vem do cérebro. O outro do coração.
Viva o drible, viva os dribladores!
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