Maquiavel, que não deu apenas maus conselhos, afirmava que se aceita a mudança de um chefe por se acreditar que as coisas vão melhorar.
Sei. Não foi exatamente como escrevi. Entanto, está no rumo do que desejamos dizer.
Interessante como se vê o treinador de futebol nas duas pontas: salvador da lavoura ou responsável por todas as desgraças de um time de futebol.
Não devia ser assim. Mas, é desse jeito que as coisas funcionam.
Ao invés de se perguntar o que Lucho González pode fazer pelo Ceará, não seria correto, também, indagar aos jogadores do alvinegro o que eles podem fazer para melhorar o rendimento da equipe?
Afora a jogada de "arrasto" de Mendoza e alguns espasmos de Vina, o resto tem ficado por conta da resistência de defesa e meio campo, juntos.
Desempenhos individuais ruins e apenas medianos são o que não falta.
Quando as coisas não funcionam em uma primeira etapa de jogo, é comum se ouvir do jogador: "Vamos conversar com o "professor" para consertar as coisas".
Ué, não é, também, o jogador que tem de resolver o que não funciona no time?
As soluções salomônicas têm que vir sempre da cachola do "professor"?
Um quarteto argentino com Lucho González à frente chegou para tirar o Ceará de uma situação de tons cinzentos dentro do campeonato brasileiro.
Arregaçar mangas e meiões é muito mais aconselhável do que perguntar se vai dar certo.
Se não sabem, o toque de bola refinado atribuído ao jogador brasileiro é coisa de argentino.
Um outro lembrete: desde que uma vitória passou a valer três pontos, o empate perdeu muito o seu valor.
Entenderam?
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