O melhor entre os piores

Ficou claro que o sofrimento tinha mudado sua caixa postal, do Porangabuçu para o Pici.

Na gangorra interminável do futebol, o inferno dos resultados nos últimos anos fez morada na casa do vovô.

No campeonato que está terminando, os males desse inferno formaram suas nuvens ameaçadoras sobre os arraiais tricolores.

Dos três jogos em casa, vitais para sua continuação na Série A, o Fortaleza só conseguiu “fechar o corpo” para dois deles.

Ao se defrontar com o Bahia, o Tricolor pode sentir que os deuses e orixás ficaram ao lado de quem lhes rende homenagens o ano inteiro, e não somente em eventuais situações de aperreio.

Foi um “sapeca” de doer na alma os 4 x 0 do sábado, tornando dolorosa a passagem das horas até se saber os resultados do domingo.

Nesse meio tempo, a mão invisível dos ancestrais leoninos andou se mexendo de maneira agoniada, para trazer no final da noite as noticias tranquilizadoras:

Por uma “peinha de nada”, o Vasco da Gama de gloriosas tradições, cedeu preciosa vaga ao soluçar até quanto pôde, sem contudo evitar o naufrágio. 

Falta ainda a assinatura, liberando a viagem do navegador português para uma segunda dimensão.

Fica a pergunta: que dívida é essa que o nosso futebol tem que pagar, sempre ameaçado de morte?

Se descer para a segunda divisão não significa morte, reconheçamos que é uma devastadora punição.