O meia moderno

Confira a coluna desta terça-feira (22) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Esse tipo de jogador foi o que mais sofreu alterações nas suas funções
Foto: Lucas Merçon / Fluminense

Leio sobre futebol e tenho a impressão de que o texto se refere à outra coisa.

Dias atrás, escrevemos sobre o meia de ligação clássico, cujo estilo não se enquadra mais no atual futebol.

Esse tipo de jogador foi o que mais sofreu alterações nas suas funções, pela velocidade que o jogo ganhou.

Até aí, tudo certo, deu para entender.

Agora, leiam sobre as "adequações" do atual meio-campista: pede-se o box to box (quer dizer "de uma área a outra"). Ataca e defende, pisa em sua área e na adversária.

Requer-se mais de mil tomadas de decisão. E por minuto. Tudo quantificado.

E tem mais: sinapses em termos de velocidade no processo da informação. Capacidade de leitura antecipada de jogadas aliadas à execução, etc, etc, etc e tal.

Tudo isso para se transformar em um meia de ligação moderno. Ou seria a construção de um robô para jogar futebol?

Acho isso muito estranho. Ou devo estar muito velho para as novidades.

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