Existem muitas mais coisas entre o primeiro gole e a ressaca do que imagina a nossa vã filosofia, segundo os filósofos de botequim iniciados em assuntos do futebol.
Os negacionistas não reconhecem o valor do futebol como arte. Para eles, as estatísticas e os resultados é que importam.
Juntamente com os comentaristas de resultados, constituem uma fauna que enxerga a prática futebolística como um mero jogo.
Vejam que pérolas de quem não consegue adicionar beleza à nenhuma paissagem:
“O delírio do gol tem o poder de desfazer toda a discussão em torno do verso e prosa que definem a essência do futebol “.
Pior é a visão reducionista de que “uma vitória torna a plasticidade, o entrosamento e talento de uma equipe uma irrelevância total e absoluta”.
As frases têm, sem dúvidas, um efeito auditivo e retórico poderoso.
Essas pessoas só podem ter uma vida triste por não entenderem que a vida é arte.
Daqui a pouco, por mera falta do que contestar, irão implicar com outras “descobertas” no sentido de chamar a atenção.
Querem ver dois exemplos: “centroavante de bigode não pode dar certo” ou “ o goleiro de barba é uma impossibilidade”.
Por mais que sejam posições estranhas, não duvidem.
Com esses “entendidos”, não há quem possa.