Muito fácil não foi

Confira coluna desta quarta-feira (29) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: O Ceará encarou o Arsenal na Argentina e esteve mais perto da vitória
Foto: Fausto Filho / Ceará SC

O estádio acanhado (se couber 19 mil, no PV cabem 80) criou uma atmosfera de campeonato estadual em torno de Ceará 0 X 0 Arsenal da Argentina, pela Sulamericana.

Dois times que nunca ouviram falar um do outro: para o Arsenal foi como se o Ceará tivesse vindo de Constantinopla.

A equipe de Guto Ferreira encontrou pela frente um time murrinha, corredor e estéril ofensivamente.

Ao invés de facilidades presumidas, o alvinegro enfrentou algumas dificuldades e, obrigou-se a  aceitar um primeiro tempo de ações equilibradas onde só  acertou, no duro, dois chutes no alvo depois dos 37 minutos.

Viseu, numa jogada um pouco antes, fez muita fumaça para pouco fogo.

O Arsenal (no estilo argentino) jogou pela pátria, fez a bola voar como um pássaro no jogo aéreo (sem resultado) e “temperou” o resto com algumas faltas seguidas.

Com o entusiasmo de um time de estudantes o Arsenal tentou atacar e, ao agir rápido na recomposição, embaralhou o Ceará.

Os circuitos entre meio campo e ataque sofreram interrupções.

Na segunda fase, ao adiantar as linhas e conseguir mais espaço ofensivo, o alvinegro acelerou o jogo, embora não tivesse se aproveitado do absurdo de passes errados dos argentinos nas saídas de bola e, até mereceu vencer a partida.

No alvo mesmo, a exemplo do primeiro tempo, duas bolas com Mendoza e Saulo, já que, em outras manobras as finalizações passaram longe da moldura.

Apesar disso, a clara superioridade técnica do Ceará não inflingiu sofrimento aos hermanos.

Ressaltar o empate como grande negócio, por ter sido obtido na casa do adversário, é conversa dos insuportáveis comentaristas de resultados.