Mais do que uma oscilação

Veja análise do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: O técnico argentino Vojvoda enfrenta um momento de oscilação de resultados no Fortaleza
Foto: Thiago Gadelha / SVM
Mais do que uma oscilação dentro de um campeonato extenso, a queda de produção do Fortaleza não deixou dúvidas, nos últimos jogos.
 
Depois de uma vitória, às duras penas, contra o Sport, em Recife, o tricolor foi duramente castigado na derrota por 3 X 0, diante do Atlético de Goiás.
 
“Ganhar, jogando mal, nunca foi um bom sinal”, produz até uma rima.
 
O que não deixou de ser um choque para um time festejado pelo Brasil foi ser vaiado por sua torcida, tão logo encerrado o jogo.
 
No campo das argumentações, surge uma, sem muita sustentação, segundo a qual, ao conseguir a condição de semifinalista da Copa do Brasil, despachando o São Paulo, o tricolor “esqueceu” o Campeonato Brasileiro.
 
Fato é, que, em se tratando do último jogo, o que se viu foi um Fortaleza desequilibrado por manjada tática de simulações do adversário, inoperante nas jogadas de profundidade pelas tramas excessivamente lateralizadas, com erros no último e penúltimo passes e repetidas bolas alçadas na área.
 
Vale lembrar que, desempenhos individuais desabaram, impactando negativamente no futebol impositivo que o time possuía.
 
Por conta disso, nas últimas quatro partidas em casa, não venceu nenhuma: dois empates e duas derrotas.
 
A quarta posição ostentada é excelente, mas não é disso que se trata aqui.
 
O remédio para esses males do Fortaleza não é encontrado em farmácias.
 
Os treinadores o manipulam com fórmulas próprias, em seus laboratórios.
 
Vojvoda vai ter que “mexer na cocada”.