Jogar demais adoece: quem se importa com isso?

Quase que não termina mas finalmente chegou ao fim o Brasileirão 2020.
O campeão perde para o “esquisito” time do São Paulo, enquanto o vice é incapaz de vencer um Corinthians que fez lembrar a fase do “faz-me rir”.

O Ceará engatou duas vitórias depois de vencer o Botafogo. Fortaleza emendou três derrotas e “escapou fedendo”.

Para ser um pouco poético diríamos que no futebol brasileiro “tanto faz uma pedra no caminho como no jardim uma flor”.

Terminada mais uma maratona (que chamam de calendário) é hora de analisar, com naturalidade, o excesso de jogos, fadiga de material, uso mecânico das repetições e tudo mais que adoece o atleta.

Quem se importa com isso?

O império do alto rendimento associado à pressão para vencer sempre cria nos jogadores ansiedade e angústia e os impede de organizar a mente, trazendo como consequência a igualdade na má qualidade.

Quem se importa com isso?

Lidar com uma situação dessa e esperar bons resultados, só mesmo apelando para os trabalhos de um feiticeiro.

Parando de perguntar, arremate-se que ninguém se importa com nada. A ordem é fazer seguir o forró onde a sanfona pesa.

Mal terminada a jornada do Campeonato Brasileiro, o torcedor já quer saber com que roupa Ceará e Fortaleza irão para a Copa do Nordeste.

Se nos planos cearenses a busca de uma hegemonia na região (o Ceará alardeia isso) é para valer, recomenda-se ajeitar as velas ao invés de se preocupar com o mau tempo.

Vale lembrar que a Copa do Nordeste passada foi o campo de observação ideal para o treinador Guto Ferreira descobrir como utilizar o material humano alvinegro.

Nas contratações o Ceará partiu na frente, o Fortaleza ficou na espera do desfecho da competição e vai, lentamente, anunciando reestruturação no departamento encarregado do futebol.

Logo a seguir, já sabem: Copa do Nordeste, Segundo turno do Estadual, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Sul-Americana (para o Ceará) e, se reclamarem por mais programação, uma “Sula Miranda” de agrado.

Ninguém quer entender que o bom só é alcançado quando fica bom para todo mundo.

É muito jogo?

Quem se importa com isso?