Jogadores mais pareciam uma matilha de lobos famintos pela bola, sem posições fixas e uma ocupação sufocante dos espaços.
Falo da matriz do “Futebol Total” responsável pelo surgimento do “Carrossel Holandês”, bolado por Rinus Michels com acabamento de Johan Cruyff.
Foi essa a fórmula de pressão demolidora (intensa durante o jogo todo) que impôs uma derrota ao futebol-arte do Brasil na Copa de 1974 na Alemanha.
O que se faz no futebol moderno para obtenção do protagonismo no jogo senão uma pressão com intensidade no campo de ataque, pressionar após a perda da bola, repetição de movimentos (jogo posicional), ocupação racional dos espaços com força física e mental?
Pressão com intensidade não são coisas de hoje.
Agora, perguntamos: como se faz isso sem treinamentos e sem pernas, por conta de um calendário insano?
Para que servem os “descansos” de uma semana (coisa rara) ou rodar o elenco se daqui a pouco serão dois jogos por semana sem condições para respirar?
Acontece que o futebol brasileiro ainda não recebeu alta e se levantou do divã depois do fatídico 7 a 1 do “Mineirão” e vive sonhando com o retorno de um padrão de jogo que nos encante.
Por falar nisso, Juan Pablo Vojvoda deu, sem sombra de dúvidas, uma sacudidela no futebol do Fortaleza, mas longe de um jogo com intensidade e pressão arrebatadores.
Afinal, vivemos no calor dos trópicos, onde é preciso dosar o rojão.