O pior de um empate sem gols é quando o jogo, ainda por cima, não agrada pelo futebol jogado.
O Fortaleza teve pela frente um Corinthians de pobre repertório de manobras ofensivas e que não exerceu considerável marcação severa.
Com Osvaldo e David, foi possível encontrar espaços entres as linhas de marcação corintianas, embora sem fartura de oportunidades.
O maior tempero é o sal. Sem ele, o prato vai sair insosso.
Não pode ser bom um jogo de oportunidades perdidas, jogadas desperdiçadas por falta de competência e sem o componente da emoção.
Fácil de ser desarmado nas tentativas de ir ao ataque, o Corinthians teve nos pés de Luan sua maior oportunidade no primeiro tempo, obrigando Felipe Alves realizar uma grande defesa.
Já na etapa inicial o Fortaleza começou a ensaiar a forma de destruir as jogadas de contra ataque, proporcionadas por um Corinthians a passos de tartaruga na recomposição.
Na fase final pode se dizer, sem exagero, que o time paulista não cedeu terreno ao tricolor. Ofertou-lhe loteamentos inteiros como espaços.
Não foram poucas as jogadas do tricolor destruídas por passes imprecisos, num desperdício lamentável.
O Corinhians, cujos jogadores tentaram “apitar o jogo”, teve o atacante Jô expulso aos 35 minutos, sendo a partir daí pressionado pelo Fortaleza.
Acontece que, sem lucidez e com a jogada aérea de maneira incessante, o resultado final não poderia ser positivo.
Mesmo assim, por uma pequena medida o Fortaleza teve mais chances de ganhar o jogo.
David não esteve bem, Osvaldo fez as melhores jogadas de ataque, Romarinho confuso e Juninho o destaque no meio campo.
Nada contra a entrada de Yuri. Só não entendo porque Osvaldo tem sempre de ser substituído.
Para não comentar com o fígado, prefiro não falar sobre a arbitragem.