Torcedor vai a campo para ver futebol de verdade e não marcação, jogo tático ou recomposição.
Podem os times ter tudo isso, desde que se disponham a jogar, arriscar tentativas de maior profundidade, fazer circulação de bola mais rápida, usar defensores avançados no campo contrário, que quebrem marcação.
Fortaleza e Atlético Goianiense não fizeram jogo tático coisa nenhuma; fizeram, sim, um jogo ruim, sob todos os aspectos, no primeiro tempo.
Falar em jogo tático não passa de uma escamoteação, seja de quem for.
Os dois times se propuseram a anular as ações um do outro e, simplesmente, acabaram com o jogo, que se transformou numa droga.
E a jogada individual arrastada de Romarinho? O que diabos o Marlon foi fazer em campo ? E a “trocação” pelo lado esquerdo, com Iúri e David, o bicho comeu?
Para o segundo tempo, o Fortaleza deve ter raciocinado o seguinte: se esse Atlético é uma rara reunião de jogadores de baixo nível, por que não encostá-lo nas cordas?
Isso foi feito, com Ronald entrando no lugar do Marlon, liberando mais o Romarinho, empurrando os demais compartimentos para o campo adversário.
Romarinho acertou uma na trave,David (que fase!) perdeu duas chances, sendo que, na segunda oportunidade, ele fez um giro perfeito em cima da zaga e a bola resvalou no adversário.
Basta isso para justificar a atitude que o Fortaleza teve para ganhar o jogo, bem diferente daquela bizarrice da primeira etapa.
Acho que Romarinho não devia ter sido substituído por Fragapane. A providência para eletrificar o lado direito, com Grabriel Dias, veio tarde e, infelizmente, Osvaldo não entrou bem.
Só para contrariar, Mateuzinho, do Atlético, teve uma grande oportunidade de marcar, já nos descontos e, aí, seria castigo grande.
Não vi pênalti cometido por nenhum dos lados, e o gol anulado de Tinga ocorreu porque Carlinhos usou o cotovelo, indevidamente, para desviar a trajetória da bola.
Para o Fortaleza, um resultado ruim, certamente fora dos cálculos.
Para o Atlético, prêmio maior da loteria, de incentivo a um time ruim.