Devotos da crise

Confira a coluna desta terça-feira (1º) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Torcedores foram contidos por barreira policial
Foto: Lucas Catrib

Mesmo com passagem vitoriosa no Ceará, Guto Ferreira caiu, quando o desempenho do alvinegro desabou.

A escolha de Tiago Nunes para substituí-lo representou a esperança de um trabalho mais modernoso.

Alguns bons resultados alimentaram a certeza dessa decisão.

Entanto, a verdade manda dizer que o Ceará nunca jogou um futebol prazeroso para sua torcida.

E a bomba, de efeito demorado, acabou estourando na derrota para o Iguatu, pelo certame estadual.

Ora, o Ceará, entre os 20 melhores do futebol brasileiro, tem, nesta temporada, a enorme responsabilidade de representar o Nordeste no Brasileiro da Série A.

Afora Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Sulamericana.

Compreende-se, por isso,a preocupação da torcida com o rendimento de sua equipe.

As demissões no setor que cuida do futebol podem indicar que algo não funcionava bem.

Agora, vamos para uma dimensão deste cenário de desgosto da massa alvinegra.

Em uma sociedade que cobra alto desempenho, é proibido perder.

E quando isso acontece no futebol, aparecem "Os Devotos das Crises".

Essas vertentes são encarregadas de atear fogo no ambiente e criar um clima  de fim de mundo.

Miram o pescoço do dirigente para torcê-lo.

Os mísseis disparados pelas redes sociais dão conta, de imediato, de improbidade dos gestores. Sem provas concretas.

Desconhecem tudo de positivo que foi feito e espalham o desespero.

Verborragia impublicável pelo teor agressivo e desrespeitoso.

Direito à opinião todos devem ter, desde que de forma civilizada.

Os efeitos colaterais disso tudo atingem o clube.