O placar mudo do primeiro tempo contra o Internacional foi uma judiação com o Ceará.
Tanto no contra golpe como na evolução das jogadas, na base do passe, o alvinegro deu as ordens no jogo.
O Internacional é que não foi nada, mesmo que as narrativas do jogo desejassem inventar uma chance de gol para os gaúchos.
O Cléber, com um jeito de brigão, criou em quinze minutos de jogo dois embaraços para a defesa do Inter.
Suas ações foram certas em dar, com afeto e muita clarividência, passes para conclusões de Vina e Charles.
Cuesta e Lomba salvaram o Inter de tomar dois gols.
E ainda teve o Ceará um contra ataque de manual tático – rápido e eficiente – que o pé “troncho” de Fernando Sobral estragou.
Pode-se dizer, tranquilamente, que o Inter “pelou porco” com o zero a zero.
Pelo crime de não vencer o jogo na primeira etapa, o Ceará levou dois gols como castigo, na fase final.
Aliás, antes que Caio Vidal marcasse o primeiro do Inter, aos nove minutos, Fernando Sobral finalizou torto, depois de uma largada do goleiro Lomba e, de novo, perdeu chance de abrir a contagem.
Alterando um pouco o que disse o poeta maior, “times são para os deuses do futebol como insetos para meninos vagabundos; eles os matam se divertindo”.
Duas oportunidades, dois gols dos gaúchos, para não se falar mais sobre o primeiro tempo.
Guto Ferreira não deveria ter mexido no time, tão logo levou o primeiro gol.
Embaraçou mais o o Ceará que acusou o gol levado.
Com o resultado, o Inter assumiu a vice liderança do campeonato brasileiro.
Bem feito para o nosso futebol.