No dia 19 de julho de 1976, a CBF instituiu o Dia do Futebol em homenagem ao Sport Clube Rio Grande, da cidade gaúcha do mesmo nome, primeiro time registrado como clube de futebol no país em 1900.
Neste dia em que é celebrado e quando se procura tornar esse jogo mágico em ciência exata, o momento se mostra ideal para se refletir sobre o que faz futebol futebol.
Isso mesmo: futebol verdadeiramente futebol.
A popularização da prática advém dos fundamentos e da desnecessidade de adaptações para ser jogado, e por não ser possível descrevê-lo através de estatísticas.
É possível viver sem futebol mas, reconheça-se: sem ele a vida seria muito chata.
Como esporte cumpre um papel sociológico importante: une diferenças, compartilha responsabilidades, ajuda a conhecer a nós próprios como uma tela onde nossa sociedade revela suas vaidades e neuroses.
O futebol é que nos funda; deixamos de ser Rio de Janeiro, capital Buenos Aires, fomos mostrados ao mundo por um negro, Pelé, e um mestiço, Garrincha, e passamos a figurar na origem do futebol como arte – futebol futebol.
É melhor pensar o nosso futebol como uma levada artística bem brasileira na sua pureza – o samba.
Na forma simples do seu andamento Bum Bum, Paticumbum, Brugurundum, fazendo “a alegria de milhões de corações brasileiros”, como cantou Zé Kéti.
Isso não tem estatística que reflita. Futebol não é só números.