Ceará fica no empate e Fortaleza vence

Confira análise de Wilton Bezerra

Ceará fez um péssimo primeiro tempo.

O Atlético Mineiro também. Só que marcou 1 a 0 com Sasha.

Não entendemos Léo Chu fora do time em favor de Lima, erro corrigido a tempo ainda no primeiro tempo com a sua entrada no lugar de Charles.

Vizeu fugia da área, faltava combinação na jogada da direita. Charles mal, Lima inoperante e Vina sem conseguir acertar as coisas.

Esse Ceará com todos os defeitos conseguiu em vinte minutos da segunda etapa jogar pelos quarenta e cinco minutos iniciais.

Voltou mordendo e em dez minutos virou o placar com Lima e Vizeu complementando duas belas ações de Léo Chu e Samuel.

Vina perdeu a seguir a oportunidade de encerrar a conta com o terceiro.

Quando se pensava que com a expulsão de Dylan o Atlético daria mais espaço para o Ceará jogar, veio o paradoxo: Marroni, jogador de velocidade, entrou e se juntou a Keno para urdir os contra golpes venenosos do time mineiro.

Prass fez pênalti em Marroni que Keno converteu. O Ceará não abafou a saída de bola do Atlético e os lançamentos constantes só não geraram uma virada de placar porque o goleiro alvinegro e Brock evitaram.

No Rio, o Fortaleza conseguiu interromper a temporada sem vitórias ao vencer apertado o Botafogo por 2 a 1.

Não entendi o time do Chamusca rejeitar a bola contra o Botafogo, com todo respeito ao time da estrela solitária.

Entregar a Marlon o papel de articulador numa partida em que Felipe foi mal é inaceitável.

Resumir a ação ofensiva a uma única oportunidade perdida por Romarinho também não ficou bem.

Mesmo sem a tal profundidade, o Botafogo de Caio Alexandre, Honda, Nazário e quejandos fez a feira no campo de defesa do Fortaleza com Felipe Alves sendo obrigado a intervir.

O tricolor começou a se arrumar e reagir ao encolhimento até ao interior de sua grande área, quando tirou Wellington Paulista e Marlon para colocar Bergson e Iúri e, um pouco depois, Osvaldo no posto de Romarinho, já exausto.

Mesmo assim, precisou de uma jogada “de arrasto” de Romarinho para Bergson empatar e de um passe precioso de Osvaldo para Deivid ampliar.

O Botafogo, ao colocar Éber, Raul e Warley estrebuchou, marcou o seu gol e fustigou o Fortaleza até o fim.

O Leão, apesar da vitória, foi um time de comportamento inteiramente diferente da partida com o Vasco da Gama, quando propôs o jogo.

Os resultadistas, eufóricos, hão de dizer: jogou melhor, mas não venceu.

Ora, isso eu já sabia.