Artilheiros estão em falta

Confira a coluna desta quarta-feira (26) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Ronaldo "Fenômeno" foi um dos últimos grandes centroavantes do futebol brasileiro
Foto: divulgação / Corinthians

Existem duas obsessões no futebol brasileiro: o 10, que organize o jogo, e o 9, que deixe sua assinatura na hora do gol.

O primeiro virou uma abstração no futebol sem espaços.

O segundo está em falta no mercado mundial, segundo os muxoxos gerais.

Mas, é sobre o artilheiro, cuja especialidade tem sido perseguida pelos esquemas táticos, que queremos falar.

Mesmo que a bola não chegue, ele acaba sendo responsável pela falta de gols de um time.

O Fortaleza encontrou um especialista da arte de fazer gols, no futebol argentino: Sílvio Romero.

O Ceará enxergou um bom nome, por aqui mesmo: Zé Roberto.

O primeiro, debaixo de uma enorme badalação dos tricolores, e o segundo, na base de um pianinho.

O espaço no ataque do camisa 9 é lugar a ser explorado por quem conhece o território.

Quando no Corinthians, já em final de carreira, Ronaldo Fenômeno marcou golaço em um clássico.

Instado a falar sobre o movimento feito para jogar a bola por cima do goleiro, ele foi logo adiantando: "Devo dizer que conheço bem aquela zona de onde concluí a jogada".

Foi Tostão quem afirmou: "O artilheiro não sabe porque faz gol, mas faz".

Que, para os goleadores da camisa 9, fixos ou com mobilidade nos deslocamentos, os caminhos da grande área sejam iluminados.

São as expectativas das maiores torcidas do Estado.



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