A venda dos artistas

Confira a coluna desta segunda-feira (19) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Para o peladeiro, todo tipo de campo é oficial.
Foto: Nike

Acredito mais que o futebol, no Brasil, surgiu das peladas da molecada descalça das ruas, calçadas e campinhos esburacados.

A matriz do nosso talento, da memória corporal para jogar bonito, diferente e com habilidade, apesar do chão.

Para o peladeiro, todo tipo de campo é oficial.

Mas, gostaríamos de ter uma resposta para uma pergunta que nos é feita constantemente.

Os complexos esportivos administrados pelas prefeituras, as organizadas escolinhas e as peneiradas, conseguem atender às demandas, como os antigos terrenos baldios que se prestavam para a prática do futebol? 

Confesso que não tenho uma resposta para isso, apesar de observar que o futebol brasileiro continua a fornecer pé de obra altamente qualificado para o Mundo.

O que não deve ser levado em conta como riqueza e, sim, como sinônimo de pobreza, por não reunir condições de manter no País craques de enorme valor.

Vendemos o artista. Não vendemos o espetáculo.



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