Para o bem ou para o mal, Ciro Gomes (PDT) está de volta aos holofotes da corrida presidencial. Apagado nas últimas semanas, com o impacto do nome de Sergio Moro (Podemos) no cenário político, o cearense, agora, tem a oportunidade de ser ouvido por eleitores contrários ao bolsonarismo e mudar a chave de notícias nada animadoras que vinha recebendo ultimamente.
É a chance de Ciro — antes, claro, de provar que não tem relação alguma com qualquer irregularidade — de implementar um discurso coerente e que seja ouvido por outros setores da sociedade que até então não lhe davam atenção.
Politicamente, o episódio é ideal para o resgate da candidatura que vinha enfrentando problemas, inclusive dentro do próprio PDT — com ameaças de desembarque por algumas lideranças. Passou-se a crescer no partido a exigência para que os índices de intenção de voto comecem a subir.
Em nota, Ciro diz que a operação policial tem o objetivo de tentar criar danos à pré-candidatura dele à presidência da República. O ex-governador, no entanto, apareceu com apenas 5% das intenções de voto no levantamento do Ipec, divulgado nessa terça-feira (14).
Pelos números apresentados até agora nas pesquisas de intenção de voto, o ex-ministro não traz ameaças claras aos nomes que se mostraram mais competitivos para o pleito do ano que vem.
A equipe de marketing da pré-candidatura, certamente, está buscando um alinhamento discursivo para transformar o limão em uma limonada. A conferir.