Na defesa da reeleição de Sarto, André Figueiredo contradiz Cid: 'quem define é a direção nacional'

Cid Gomes assumiu nesta quinta-feira (13) a presidência estadual do PDT

Legenda: André Figueiredo se licenciou do posto de presidente estadual do PDT para dar lugar ao senador Cid Gomes
Foto: Kid Jr

No mesmo dia em que o senador Cid Gomes, presidente interino do PDT Ceará, disse que a escolha do nome na disputa pela prefeitura do Fortaleza no ano que vem é a última etapa do processo – tendo em vista os acordos a serem feitos e o projeto a ser firmado –, o deputado federal André Figueiredo, que é presidente nacional do partido, declarou que na verdade o candidato pedetista para 2024 na Capital já está definido, e é o prefeito José Sarto.

A garantia, segundo ele, é que a decisão final em cidades com mais de 200 mil habitantes cabe à direção nacional.

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"O candidato será o prefeito, o candidato à reeleição. Só não será se ele quiser", disse. Questionado sobre o discurso de Cid ser diferente, o dirigente rebateu: "Municípios acima de duzentos mil habitantes quem define é a direção nacional do partido, ouvindo evidentemente o município", sentenciou.

Figueiredo disse ainda que a candidatura à reeleição de Sarto está pacificada porque "é uma questão que não envolve apenas o município de Fortaleza nem o estado do Ceará. Envolve uma prioridade nacional".

Outra postura

Horas mais cedo, na primeira reunião da Executiva depois que assumiu o comando da legenda no Estado, Cid não citou o nome do prefeito de Fortaleza como um nome natural para essa candidatura do grupo.

"Primeiro, é importante a gente definir o projeto, o que queremos para Fortaleza. Segundo, definir a aliança, quais são os partidos, as forças políticas que vão se fazer representar. Por último, o nome, a pessoa, isso é o de menor importância, ao mesmo tempo que deve ser consequência desse esforço inicial de projeto, aliança e definição de nome", disse. 

Cid, inclusive, tem dito que vai trabalhar para a união do PT e PDT em Fortaleza. Tarefa dura, tendo em vista o histórico entre os grupos nas últimas eleições.

Entendendo que a missão é delicada, o senador disse que outras instâncias poderão participar desse processo de discussão.

"Sem ilusão, se a gente for depender exclusivamente do diretório municipal do PDT e do PT, eu diria que a possibilidade de aliança é zero. No entanto, você tem estaduais que podem conversar e nacionais que já estão colocando em andamento isso, de ter esse partidos como aliados na maior parte de municípios do Brasil", disse.

Com informações da repórter Ingrid Campos



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